Cantora lírica de Brasília faz campanha para custear estudos nos EUA
Manuela Korossy foi admitida pela Juilliard School, em Nova York, e começou uma vaquinha para ajudar nas despesas do bacharelado em canto
atualizado
Compartilhar notícia
A cantora lírica brasiliense Manuela Korossy, 20 anos, reabriu nas redes sociais uma campanha para arrecadar fundos para dar continuidade aos estudos nos Estados Unidos. A soprano foi aprovada na mais conceituada escola de música do mundo – a Juilliard School, em Nova York, onde concluiu o primeiro dos quatro anos de estudo.
“É extremamente difícil ingressar nessa carreira, porque exige um investimento muito grande para um retorno tardio. Muitas pessoas acabam desistindo no meio do caminho e vamos perdendo vários talentos. Essa campanha me incentiva muito a continuar a construir esse meu sonho”, disse Manuela Korossy.
Manuela iniciou os estudos de canto na Escola de Música de Brasília (EMB) e cursou o primeiro ano de bacharelado em música na Universidade de Brasília (UnB), ambas gratuitas.
“Ela é um orgulho para todos nós, porque ela tem levado música brasileira para os palcos da Juilliard, como Carlos Gomes e Cláudio Santoro. Levar essa musicalidade que a gente produz e que ainda é desconhecida pelo mundo também é motivo de ainda mais orgulho para todos nós”, disse Gabriela Korossy, mãe de Manuela.
Ela também será uma das convidadas do programa Conversa com Bial, que abordará o dia a dia de brasileiros que se dedicam à música erudita.
Em Brasília, Manuela tem confirmadas pelo menos duas apresentações: uma em 2 de agosto e outra, no dia 13 do mesmo mês, ambas com a Orquestra Sinfônica de Brasília e regência do maestro Cláudio Cohen. A primeira apresentação será Carmen, conhecida ópera de Georges Bizet.
Campanha
A potência e a técnica vocal chamaram a atenção dos professores, que logo sugeriram a candidatura da soprano na escola norte-americana.
Ao ser aprovada, a brasiliense ganhou uma bolsa de 90% da faculdade, mas ainda necessita arcar com outras despesas, como hospedagem e alimentação numa das cidades mais caras do mundo.
“Iniciamos uma campanha para ajudá-la a se manter e não perder essa oportunidade única. Nunca vamos nos esquecer que a primeira doação foi de R$ 2 e minha filha chorou ao saber. Foi um gesto lindo, de uma pessoa que realmente se sentiu tocada com a importância dessa missão”, continuou Gabriela.
Ver essa foto no Instagram
Sem contar com a desvalorização da moeda brasileira, os custos anuais estimados pela instituição norte-americana são de US$ 32 mil, aproximadamente R$ 164 mil.
As pessoas interessadas a ajudar nos estudos da cantora brasiliense podem colaborar por meio da chave Pix 04513025166. Outras informações podem ser acessadas por meio deste link.