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O Distrito Federal tem, de acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (Pdad) 2021, um total de 644.979 mulheres com 40 anos ou mais. Ou seja, 41% do público feminino local. Esse é justamente o foco da classe médica no combate ao câncer de mama. De acordo com o recomendado por especialistas, a partir dessa idade a mulher precisa fazer anualmente o rastreio como forma de prevenção para identificar a doença.
Há menos de uma década, a recomendação padrão era para que o monitoramento começasse aos 50 anos, sendo refeito a cada dois ou três anos a depender do país, pois a maior preocupação era a associação entre a doença e os efeitos da menopausa.
“A mentalidade mudou devido ao avanço da tecnologia. Cada vez mais é possível constatar tumores em estágios iniciais, garantindo, dessa forma, início rápido e maior sucesso no tratamento”, explica Elisa Porto, oncologista do Centro de Câncer de Brasília (Cettro).
“Conseguimos, agora, identificar nódulos com menos de um centímetro, em fase inicial. Antigamente, essa constatação demorava e esse caroço crescia, comprometendo todo o tratamento e reduzindo as chances de cura da paciente”, completa a médica.
Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico
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Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
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Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
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Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
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O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
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Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios
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A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito
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A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido
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Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas
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Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença
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O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes
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De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade
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É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico
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O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
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Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente
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E antes dos 40 anos?
É importante lembrar que a linha de corte a partir dos 40 anos não é um achismo. Estudos nacionais e internacionais determinaram essa medida. Mas, por que não começar ainda mais cedo?
Conforme explica a médica, antes dessa idade, o exame tende a perder a capacidade de detectar alterações caso a mulher não faça parte de um grupo ainda mais específico, como aquelas com histórico familiar ou com alguma pré-disposição.
De maneira geral, é menor a chance de câncer de mama nas idades mais jovens. Além disso, ele pode levar a exames e biópsias desnecessárias, sem falar da exposição ao risco de radiação.
“Mas vamos deixar claro que nossa abordagem é sobre o rastreio de rotina, quando a mulher não sente nada, mas faz o acompanhamento preventivo. Se falarmos de pacientes com algum fator de risco ou pré-disposição, o direcionamento é para um acompanhamento periódico e sistêmico com mastologistas”, alerta.
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