Campeão: 127 mil pensionistas do governo federal são do DF
Onze pensionistas, entre homens e mulheres, desembolsaram mais de R$ 100 mil no último mês de 2019
atualizado
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A Controladoria-Geral da União publicou, na última segunda-feira (13/01/2020), as folhas de pagamento de novembro e dezembro de 2019 com os nomes e salários dos mais de 310 mil pensionistas brasileiros da União. Os dados, adquiridos após denúncia ao Tribunal de Contas da União (TCU) feita pela Fiquem Sabendo — uma agência de dados especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI) — e analisados pelo (M)Dados, mostram que do total, mais de 127 mil são do DF, recorde das unidade federativas do Brasil.
Viúvas, filhos de militares, filhas maiores de idade e solteiras, anistiados, sobrinhos e até netos foram contemplados no último mês de 2019 e receberam, em média, R$ 4,3 mil. No entanto, 11 pensionistas, entre homens e mulheres, embolsaram mais de R$ 100 mil. E mais: quase 60 ganharam acima de R$ 50 mil. Uma mulher, por exemplo, ultrapassou os R$ 573 mil. O valor, segundo o Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), é um reconhecimento de dívida referente à pensão militar dos anos de 2015 a 2017.
Em alguns casos, os beneficiários ganham mais de uma pensão. Uma pessoa na lista identificada como “filha maior inválida” recebe de dois parentes, três valores diferentes: duas pensões da mãe (Ministério da Educação e Presidência da República) e uma do pai (Ministério da Educação), totalizando R$ 12.542,00 por mês.
Entre os elencados, a maior parte é de viúvas. São 46.125 mulheres na última atualização dos dados. Logo depois, as filhas maiores e solteiras sem cargo público federal (35.253). Para completar o pódio, as filhas de militar (13.698).
As pensões vitalícias são maioria e foram pagas para quase 80 mil pessoas. O restante é temporária, com prazo para extinção.
Falta de publicidade
A falta de transparência dos valores levou a agência Fiquem Sabendo a fazer uma denúncia ao Tribunal de Contas da União (TCU). Após recursos e argumentações de diversos setores, em um processo de quase 3 anos, o tribunal decidiu por unanimidade que o governo federal deveria divulgar as informações.