Campanha da OAB-DF arrecada itens de higiene para mulheres vulneráveis
Segunda edição da campanha Doe Dignidade termina nesta 6ª. Absorvente íntimo é um dos principais itens de necessidade da lista
atualizado
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A segunda edição da campanha Doe Dignidade, para arrecadação de material de higiene pessoal, promovida pela seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), termina nesta sexta-feira (25/8). As doações serão destinadas a mulheres em situação de vulnerabilidade social moradoras do Sol Nascente.
Com apoio da Comissão OAB Social, a Comissão da Mulher Advogada promove a ação para atendimento de necessidades básicas das mulheres. Entre os principais itens de arrecadação da campanha estão absorvente, sabonete, xampu, condicionador, pasta e escova de dente.
As doações devem ser entregues no estacionamento da OAB-DF, no SEPN 516, Bloco B, Lote 7, na Asa Norte. A previsão é de que os itens sejam entregues na próxima quinta-feira (31/8).
Presidente da Comissão da Mulher Advogada, a doutora em direito Nildete Santana de Oliveira afirma que, na primeira edição, a iniciativa arrecadou cerca de 5 mil itens de higiene básica, que se transformaram em 150 kits para doação.
“Nesta edição, pretendemos triplicar o total para 15 mil e fazer ainda mais kits do que no ano anterior [2022]. Temos priorizado a arrecadação de absorventes”, destacou Nildete.
As doações para a Campanha Doe Dignidade também podem ser feitas por meio de transferência bancária, via Pix, para o CNPJ 0036.8019.0001-95. O comprovante com a identificação da transferência deve ser enviado para o WhatsApp 61 999-929-099 (Nildete).
A advogada lembra que a conscientização sobre a realidade das mulheres em situação vulnerabilidade é fundamental, especialmente porque absorventes íntimos, por exemplo, ainda são itens inacessíveis para muitas delas.
“Essa é uma campanha muito importante, porque promove a possibilidade de levar a essas mulheres o acesso a um item que dá dignidade e direito de igualdade. Muitas mulheres e meninas deixam de ir para a escola ou o trabalho porque não têm esse item de higiene básica. Devido às limitações financeiras, muitas deixam de ter uma rotina normal, pois não podem comprar absorventes”, reforçou a presidente da Comissão da Mulher Advogada.
Pobreza menstrual na capital do país
Ao menos 271.374 mulheres do Distrito Federal podem ser consideradas em situação de pobreza menstrual. O total equivale a cerca de 17,3% da população do sexo feminino que mora na capital do país.
Apesar de haver uma lei distrital que garanta a disponibilização de absorventes e coletores menstruais a mulheres em situação de vulnerabilidade, recentemente, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) cobrou o Executivo local acerca do efetivo cumprimento da legislação.
Dados da Secretaria de Saúde (SES-DF) elencam na lista de pobreza menstrual mulheres e menina em situação de rua, presidiárias, beneficiárias do Programa Bolsa Família, entre outras.