Caesb espera que 350 funcionários deixem empresa com novo PDV
A previsão é de que o Programa de Demissão Voluntária seja implantado por etapas a partir de maio
atualizado
Compartilhar notícia
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) espera que até 350 funcionários deixem os quadros da instituição com o Programa de Demissão Voluntária (PDV) anunciado formalmente na semana passada. No último PDV, de 2013, a aderência foi de 257 empregados.
Como adiantou o Metrópoles, detalhes do PDV foram divulgados no último dia 26, por meio de e-mail e no sistema interno da Caesb. Os alvos da empresa pública são os aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e em condição de se afastarem do serviço pelo Fundiágua, fundo de Previdência complementar. A previsão é de que o Programa de Demissão Voluntária seja implantado por etapas a partir de maio.
Em 2013, porém, a proposta era mais atraente: além dos outros estímulos, faziam parte da oferta 38% do saldo do FGTS para fins rescisórios e 85% do pacote contendo o salário e a titulação. Por meio da assessoria de imprensa, a Caesb diz que o otimismo ocorre “por conta da situação atual vivida pela empresa”.
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Distrito Federal (Sindágua-DF) estima, porém, que há ainda mais funcionários aptos a deixarem a Caesb. Segundo a entidade, em torno de 500 pessoas estariam habilitadas a aderir ao PDV. Se todos saíssem, o desfalque seria de 19,4% no efetivo atual, de 2,5 mil servidores.
Para frear os gastos
A tesourada na folha de pagamento foi escolhida pela Caesb como uma forma de fechar a torneira de gastos. Em 2016, o órgão arrecadou R$ 1.704.496.176. No ano passado, o montante foi 4,98% menor: R$ 1.619.676.303. O consumo de água no período teve queda de 12%.
Em março de 2017, o Metrópoles mostrou que a companhia gastava em torno de 50% de toda a arrecadação com o pagamento dos funcionários. A Caesb lidera o ranking de pessoas que ganharam acima do teto, de R$ 30,4 mil, em 2017 – 167, no total. Na estatal, o salário de um único analista de sistema de saneamento, por exemplo, chegou a R$ 76.805,73, segundo contracheque de janeiro.