metropoles.com

Cadela morre enforcada dentro de pet shop no Entorno do DF

Família acusa funcionário de ter deixado o animal encoleirado sobre uma bancada. Estabelecimento lamenta o “trágico episódio”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Material cedido ao Metrópoles
Imagem colorida de uma cadela com pelagem preta e branca, olhos castanhos e lenço azul e verde no pescoço
1 de 1 Imagem colorida de uma cadela com pelagem preta e branca, olhos castanhos e lenço azul e verde no pescoço - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Uma mulher perdeu a cadela de estimação nessa terça-feira (3/12) após deixá-la em um pet shop em Planaltina de Goiás. A tutora alega que deixou o animal para tomar banho e, quando foi buscar, encontrou a cachorrinha morta, enforcada pela própria coleira.

Uma amiga da tutora gravou um vídeo no pet shop horas após o ocorrido. Na imagem, ela questiona o fato de o estabelecimento estar funcionando mesmo depois de uma morte. Um funcionário, então, relativiza o caso. “Acontece”, diz o colaborador.

Assista:

Ao Metrópoles, a autônoma Angélica Fernandes, 41 anos, relata a dinâmica do caso. “Ontem, por volta de 9h40, levei a Hasha [a cadela] para tomar banho. Duas horas depois, a proprietária me enviou mensagem afirmando que os funcionários sairiam para o almoço, mas que ela mesma estaria lá e que poderíamos buscar nossa cachorrinha.”

Um dos filhos de Angélica, então, foi buscar o pet da família. “Quando ele chegou ao local, encontrou nossa cachorrinha pendurada pela coleira, já morta”, relembra. “Deixaram ela em cima de uma bancada, presa à coleira. Ela deve ter se apavorado, porque não costuma ficar sozinha, e tentado pular”, afirma.

Para a tutora, o funcionário que aparece na imagem seria o culpado pela morte do animal por tê-lo deixado amarrado em cima de uma bancada. “Foi irresponsabilidade dele, sem dúvidas”. A dona do pet shop também tem responsabilidade, na visão de Angélica.

“Ela sabe do risco que um bichinho corre ao ficar sozinho e deveria, pelo menos, ter orientado o funcionário a colocar nossa cachorrinha no chão”, acredita a dona.

A família era cliente do pet shop há mais de um ano. “Tínhamos o costume de levar a Hasha para tomar banho lá. Da última vez, até fiz uma reclamação porque ela não veio cheirosinha, e a dona me respondeu que chamaria a atenção dos funcionários”, relembra. “A rotatividade da equipe lá é grande, e esse colaborador que estava no ocorrido trabalhava lá há menos tempo”, comenta Angélica.

5 imagens
Ela morreu enforcada nessa terça-feira (3/12), em um pet shop de Planaltina de Goiás
Família busca por justiça
Hasha era a alegria da família, afirma a tutora
Segundo Angélica, a tutora, Hasha era brincalhona e adorava crianças
1 de 5

Hasha tinha 4 anos

Material cedido ao Metrópoles
2 de 5

Ela morreu enforcada nessa terça-feira (3/12), em um pet shop de Planaltina de Goiás

Material cedido ao Metrópoles
3 de 5

Família busca por justiça

Material cedido ao Metrópoles
4 de 5

Hasha era a alegria da família, afirma a tutora

Material cedido ao Metrópoles
5 de 5

Segundo Angélica, a tutora, Hasha era brincalhona e adorava crianças

Material cedido ao Metrópoles

Alegria da família

A cadela, batizada de Hasha, foi adotada pelo filho de Angélica em 2020, ainda filhote. “Quando ele a viu, me mandou uma foto e nós já nos apaixonamos ali mesmo. Ela era medrosa, mas extremamente carinhosa e gostava muito de crianças”, comenta Angélica. Desde então, passou a alegrar a casa e a vizinhança.

“Meus vizinhos estão todos tristes após a morte dela, todos gostavam da Hasha.”

A mulher conta que o filho passou mal quando viu a cadela sem vida. “Estamos desolados. O meu outro filho não conseguiu dormir à noite, ficou abraçado com o lençol dela, chorando. Eu mesma não consegui nem cochilar”, lamenta Angélica.

A família registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Planaltina de Goiás, que deve investigar o caso. Angélica também promete levar o caso à Justiça.

“Não estou publicizando este caso querendo incitar ódio e nem violência. Eu só quero justiça. Nós perdemos o nosso amorzinho, ela era muito importante para nossa família. Isso tem que ser divulgado para que não ocorra com outras pessoas. Quem tem seu bichinho vai entender.”

O que diz o estabelecimento?

Ao Metrópoles, a proprietária do My Pet – Pet Shop e Veterinária, Mayara Braga, afirmou que desligou o funcionário acusado pela família do pet falecido e arcou com os custos do crematório. “Foi o mínimo que eu pude fazer, me apresentei abertamente para a família, caso queiram conversar”.

Mayara assumiu a culpa pelo ocorrido. “Sempre priorizei, durante esses quatro anos de existência do My Pet, o bem-estar e o cuidado com os pets. Eu ficava sempre presente no estabelecimento, mas tive que me ausentar nas últimas semanas devido ao nascimento do meu segundo filho”, declarou a empresária.

Em nota publicada nas redes sociais, o My Pet – Pet Shop e Veterinária já havia se pronunciado sobre o que classificou como “lamentável ocorrido”. “Entendo que nenhum gesto pode reparar essa perda, mas gostaria de garantir que estamos fazendo todo o possível para lidar com as consequências desse trágico episódio”, diz o estabelecimento.

Sobre o fato de ter continuado de portas abertas após a morte de Hasha, o pet shop afirma que outros animais aguardavam tratamentos e atendimentos que não poderiam ser adiados.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?