Cadê Tereza? Arara Canindé desaparece da reserva Chapada Imperial
Animal recebia visitas de crianças com dificuldade de interação, adultos com problemas de aceitação ou com depressão
atualizado
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Os administradores da Chapada Imperial, reserva a 50 km de Brasília, promovem uma campanha nas redes sociais à procura da arara Tereza. A ave foi levada do santuário, localizado em Brazlândia, no domingo (05/05/2019).
Segundo um texto publicado na página da área de preservação, Tereza era livre, mas gostava de interagir com as pessoas que vão à Chapada Imperial. “Crianças com dificuldade de interação, adultos com problemas de aceitação ou com depressão eram suas visitas exclusivas. Menos se importavam com as belezas cênicas da Chapada Imperial. Vinham por causa da Tereza.”
A arara chegou à Chapada Imperial por meio do projeto Bicho Livre, de reintrodução de animais silvestres feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Alguém neste último domingo achou que a Tereza era só dele, não era de todos, não era dela mesma. Levou-a. Tirou dela a liberdade, que é o que as araras precisam pra viver. É o de que todos precisamos”, diz a publicação.
Os responsáveis pedem que o animal seja devolvido. A pessoa pode deixar Tereza na segunda porteira da Reserva Ecológica – ela não consegue voar muito. Ou simplesmente colocá-la em algum ponto protegido e avisar a localização. O contato pode ser feito por meio do telefone: (61) 3034-3088.
Tereza é uma Arara Canindé, cuja espécie é protegida, pois está em risco de extinção. Foi chipada pelo Ibama e seu monitoramento, assim como das demais araras reintroduzidas na reserva ecológica, é feito periodicamente.
De acordo com os responsáveis pela Chapada Imperial, uma equipe do Ibama vai ao local nesta quarta-feira (15/05/2019) para registrar a ocorrência e iniciar as buscas junto com a Polícia Federal. Os contatos de todos que estiveram na fazenda serão repassados aos investigadores.
Possuir animal silvestre em cativeiro é crime federal, passível de detenção (um ano, em média) e multas que chegam a R$ 10 mil. As penas aumentam se o animal tiver sido roubado e, principalmente, se estiver em risco de extinção.
