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Cachorros resgatados nas enchentes do RS ganham novos lares no DF

Ao todo, 25 cachorros aterrissaram no DF na manhã desta segunda-feira (20/5). Eles já chegaram à capital da República adotados por famílias

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BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Imagem colorida de um cachorrinho - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de um cachorrinho - Metrópoles - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Entre as cenas impactantes dos estragos causados pelas enchentes do Rio Grande do Sul, estão as de animais lutando pela vida. Estima-se que cerca de 15 mil bichos estejam em situação de abandono no estado gaúcho. Com abrigos lotados, a solução foi abrir processos de adoção responsável de pets em outras unidades da federação, a começar pelo Distrito Federal.

Na manhã desta segunda-feira (20/5), 25 cachorros chegaram à capital da República para conhecer seus novos tutores. Em caixas de transporte devidamente catalogadas, os animais aguardavam ansiosos pelos novos lares. Segundo voluntários, todos os pets já haviam sido adotados antes de embarcarem a Brasília e tiveram as vacinas aplicadas.

Segundo a advogada representante do Fórum de Defesa Animal Ana Paula Vasconcelos – responsável pelo resgate dos bichos – os animais disponibilizados para adoção foram retirados das inundações, das ruas ou foram entregues a ela por tutores sem condições.

“Eu fui para lá 15 dias atrás [..] Eu fiquei cuidando deles e pensando na possibilidade de trazê-los [a Brasília]. Anunciei no meu Instagram, fiz seleção e comecei a esbarrar na entrave do transporte. A princípio não foi possível trazer pela FAB [Força Aérea Brasileira] e aí eu contratei uma empresa. Essa empresa foi contratada, eles não fizeram de graça, não fizeram nada solidário, foi nos cobrado R$ 15 mil e eu pedi para que os deputados pagassem isso para mim, pois não tínhamos o dinheiro”, disse a advogada.

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A empresária Tatiana Castro foi acompanhada da mãe, a arquiteta aposentada Tânia Machado, para buscar o mais novo membro da família, apelidado carinhosamente de Zequinha (foto em destaque).

“Essa criaturinha saiu de lá e chegou aqui para a gente. É um sonho realizado o nosso Zequinha. Só de pensar que há alguns dias ele estava ali [no RS], na água, com frio, sem ter para onde ir, mas agora está nos nossos braços, é um alívio”, disse Tânia.

“Tirar um animalzinho daquela situação, trazer para cá, ver eles agradecendo e pedindo beijos, é emocionante demais”, declarou Tatiana.

À reportagem a engenheira agrônoma Thaís Fernandes disse que ficou sabendo sobre as adoções por meio de uma professora da filha. “Quando vimos a mensagem [da professora] não pensamos duas vezes. Somos apaixonadas. Pedimos mais informações e demonstramos interesse”, contou.

Segundo a mulher, o cãozinho Rudá não recebeu proposta de adoção por ser um idoso. “Ele deve ter 10 ou 12 anos. As pessoas já têm preconceito com gente idosa, quem dirá com animais. Então, ela [a professora] disse que, por falta de adotante, o Rudá ficaria para trás. Na hora falamos que ficaríamos com ele. Não dei conta. Mas é incrível. Não somos nós que fazemos por eles, eles é que fazem para nós”, disse a engenheira agrônoma.

De acordo com Thaís, Rudá ganhou uma casa espaçosa com outros dois “irmãos” para brincar. “Não sou de me emocionar, mas hoje não teve como. Já chorei até. Rudá agora terá uma família para amá-lo”, finalizou.

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Do resgate à adoção

O transporte dos pets a Brasília foi feita por meio de uma campanha nacional de adoção realizada por três deputados federais da bancada animal: Fred Costa (PRD/MG), Bruno Lima (PP/SP), Marcelo Queiroz (PP/RJ). Os parlamentares foram acionados por Ana Paula para que o traslado fosse possível. Agora, projeto destinado às adoções, que começou pelo DF, irá prosseguir para outros estados.

Segundo Fred Costa, o transporte dos pets demorou mais de 24 horas. “Tenho uma reunião amanhã com alguns médicos veterinários para pensarmos em protocolos de transporte que seja o menos desgastante. O mais importante é garantir segurança para eles e o máximo de qualidade”, disse.

“Nós estamos trabalhando com vidas, com animais que passaram por muito estresse. Então, precisamos ter um cuidado todo especial e de pessoas que entendam a situação desses animais”, declarou.

Segundo ele, os interessados foram submetidos a entrevistas antes da confirmação da adoção. Os próximos estados contemplados pelo projeto devem ser Minas Gerais e São Paulo, sem datas definidas por enquanto. Interessados em dar um lar aos animais devem preencher formulário disponibilizado no perfil Adote um Pet do RS.

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