Motorista com CNH vencida desde 2012 atropela cachorra grávida. Vídeo
Condutor, de 58 anos, estava com CNH vencida desde 2012. Cachorrinha foi atendida pelo Hospital Veterinário de Águas Lindas e está estável
atualizado
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Imagens de câmera de segurança flagraram um carro atropelando uma cachorra grávida em Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, na noite dessa segunda-feira (9/9). Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o motorista, de 58 anos, está com a Carteira Nacional de Habilitação vencida desde 2012 e foi preso.
As gravações mostram quando a cadela é atingida, por volta das 20h, pelo carro. Depois, ela fica presa debaixo da roda traseira do veículo.
As imagens por fim mostram quando o motorista desce do carro, ignora os choros de dor da cachorrinha e sai do local sem prestar socorro ao animal. As cenas são fortes.
Veja:
Após o atropelamento, testemunhas fizeram denúncias à PCGO. Policiais da 17ª Delegacia Regional de Polícia (Águas Lindas) conseguiram localizar o veículo, registrado no nome da esposa do condutor, na tarde dessa terça-feira (10/9).
“Quando verificamos o veículo, percebemos uma série de irregulares, como débitos, documentos vencidos e falta de manutenção. Além disso, vimos também que o suspeito está com a CNH vencida desde 2012”, detalhou o delegado João Flávio Ribeiro.
Ao questionar o suspeito, ele teria primeiro negado o crime, mas depois admitiu que teria “apenas batido no animal”.
“No entanto, como mostra o vídeo, nós desmentimos a versão do suspeito, pois ele passa por cima [do animal] com as duas rodas do veículo e a cachorra ainda fica presa na roda traseira, o que configura o crime de maus-tratos aos animais”, completou o chefe da 17ª DRP.
O homem então foi autuado e detido pelo crime de maus-tratos contra animal doméstico. Já a cadela segue em acompanhamento no Hospital Veterinário de Águas Lindas, mas não corre risco de morte.
Especialista em direito animal, a advogada Ana Paula Vasconcelos explica que o crime de maus-tratos aos animais possui agravante quando o delito é cometido a um animal doméstico, como cães e gatos.
“Não podemos normalizar à violência contra os animais. Isso é crime com pena de 2 a 5 anos de reclusão e quem comete essa prática precisa ser punido”, enfatizou.