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Cabo dos bombeiros atira na cabeça de homem durante briga no trânsito

O baleado, com passagens na polícia por homicídio, roubo e furto, encontra-se internado no HRT. Militar alegou legítima defesa

atualizado

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JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
Bombeiro abre ed
1 de 1 Bombeiro abre ed - Foto: JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

Um militar do Corpo de Bombeiros atirou em um homem durante uma briga de trânsito, em Taguatinga Norte. Informações preliminares indicam que o cabo Anderson Di Camargo (foto em destaque) sacou a arma após discutir com dois homens na DF-001, na altura do viaduto que dá acesso ao Pistão Norte.

A vítima, Francisco das Chagas Santos, foi levada para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O estado de saúde dele não foi informado. Ele tem passagens por homicídio, roubo e furto e encontra-se em liberdade provisória. Já o autor do disparo se apresentou no Centro de Altos Estudos e Aperfeiçoamento (CAEAp), da Polícia Militar do DF e, depois, seguiu para a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro).

Em depoimento prestado na unidade policial, o militar alegou ter visto um dos ocupantes do Fiat Siena Branco armado e, quando se preparava para entrar numa borracharia, o carro bateu na traseira do veículo dele. Segundo o militar, teria havido uma áspera discussão e a dupla prometeu voltar para “acertar as contas”.

Segundo o chefe da 12ª DP, delegado Josué Ribeiro da Silva, um policial teria aconselhado Anderson a fazer boletim de ocorrência por ameaça, mas, no caminho da delegacia, o praça teria visto pelo retrovisor o Siena branco. “Ele reconheceu o carro, pois o farol estava quebrado em função da batida”, contou Josué.

Após a oitiva, o militar foi liberado. Ele responderá ao processo em liberdade.

Perseguição
O bombeiro contou que com medo de ser agredido, atirou para cima. Porém, mesmo assim, a dupla não desistiu de persegui-lo. Alegando legítima defesa, admitiu ter atirado duas vezes contra o veículo.

O rapaz que acompanhava Francisco das Chagas também compareceu à delegacia. Ele confirmou a discussão, mas negou que ele e o amigo portassem arma de fogo. Também admitiu a perseguição, mas disse que intuito era apenas anotar a placa do automóvel do bombeiro.

Cães farejadores da PMDF foram mobilizados para tentar encontrar a suposta arma usada pela dupla, mas até a última atualização deste texto, nada havia sido localizado. O militar entregou a pistola de uso pessoal ao delegado para ser periciada.

Em nota, o Comando-Geral do Corpo de Bombeiros informou que “designou uma equipe da Corregedoria para acompanhar o caso” e diz aguardar as circunstâncias na qual ocorreu o disparo. A corporação ainda reiterou o “total interesse em esclarecer a situação”, diz o texto assinado pelo chefe da comunicação social, tenente-coronel David Rodrigues dos Santos.

Colaborou Douglas Carvalho

 

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