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Busch Gardens do DF? Parque ZooVentura está há 25 anos só no papel

Vencedora da licitação ocorrida em 1997, a TH Engenharia luta até hoje para construir o ZooVentura em um terreno do Jardim Zoológico

atualizado

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homem olhando para um mapa
1 de 1 homem olhando para um mapa - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

Pensado para ser o maior parque temático do Brasil, o ZooVentura está há 25 anos no papel e ainda sem data para iniciar as obras. Apesar de já ter havido licitação, assinatura de contrato e entrega de escritura no fim dos anos 1990, até hoje a área do Zoológico de Brasília destinada para receber o empreendimento está vazia por causa de uma série de entraves.

Idealizado pela empresa estadunidense PGAV, responsável pelos parques Busch Gardens e Sea World no estado da Flórida, o parque é inspirado na Floresta Amazônica e no Cerrado. Contratados pela TH Engenharia, vencedora do certame, os designers americanos passaram uma semana no Brasil.

O resultado foi a configuração do parque com seis cenários nos 48 hectares de área. As seis etapas que compõem o ZooVentura foram batizadas de Vila do Porto, Mercado do Rio, Floresta Amazônica, Vila Cabocla, Vila do Cerrado e Vila Nativa.

Maquete está guardada até hoje. Veja fotos:

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Cada uma das vilas estão projetadas
Um espelho d'água estaria por todo o parque
A montanha russa seria a maior da América Latina
Há previsão também para um anfiteatro
Área é de 48 hectares
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Maquete tem detalhes de como seria o parque

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Cada uma das vilas estão projetadas

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Um espelho d'água estaria por todo o parque

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A montanha russa seria a maior da América Latina

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Há previsão também para um anfiteatro

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Área é de 48 hectares

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Barcos estariam a disposição dos visitantes

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Jânio Rodrigues até hoje aguarda para construir o parque

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Por enquanto ele está só no papel

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Estão previstos no projeto um anfiteatro, elevador que despenca, restaurantes, borboletário e até mesmo um espelho d’água com barcos para transporte dentro do local.

Seriam duas montanhas russas. Uma delas aquática e única no mundo, pelo menos na época, a três três quedas vertiginosas na água, e outra chamada de Cobra Grande e seria a maior da América Latina.

Veja o vídeo promocional feito à época para captar investidores:

Problemas para iniciar a construção

Os problemas começaram ainda entre 1997 e 1998, logo após a TH Engenharia ir ao terreno junto de um banco privado que iria captar investidores. “Constatamos que na parte de trás da área, na Candangolândia, havia uma invasão. Na época eram dois chacareiros, mas logo cresceu”, lembra Jânio Rodrigues, dono da TH.

Foi feito o pedido de retirada dos invasores, mas a desocupação nunca ocorreu. Foram 20 anos de negociações e tentativas de resolução até que, em 2017, a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) fez um novo traçado do terreno, excluindo a área invadida.

Nesta época, Jânio diz que voltou a tratar com a Terracap a possibilidade de ter a posse do terreno. Diante da dificuldade nas tratativas foi à Justiça para tentar resolver o problema.

Em primeira e segunda instâncias a imissão da posse foi negada. Jânio então buscou novamente os tribunais para ter direito a, pelo menos, realizar os estudos de Licença de Instalação. Neste caso, ele conseguiu decisão favorável e prevê que em até três meses entregará o estudo ao Brasília Ambiental avaliar.

A Terracap, no entanto, decidiu não esperar mais, e, segundo nota enviada à reportagem, “cancelou a concessão em virtude da ausência de cumprimento do contrato por parte do concessionário”, retornando o terreno ao estoque da agência.

Segundo a estatal, a decisão foi proferida pela Diretoria Colegiada em 17 de novembro “não cabendo recurso administrativo. O interessado apresentou pedido de revisão ao conselho de administração que não foi admitido”.

Mesmo assim, a TH Engenharia recorreu ao Tribunal de Justiça (TJDFT) e ao Tribunal de Contas (TCDF) para garantir a possibilidade de, findados os estudos, iniciar finalmente a construção.

Os processos estão em tramitação e preocupam Jânio principalmente pois o contrato original prevê que a concessão termina em 2027. Faltando apenas cinco anos para o fim do vínculo, caso a rescisão seja revertida, há a chance de que mesmo assim o ZooVentura não seja construído.

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