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“Burrice da cabeça”, diz filho que espancou mãe até a morte no DF

Fernando Lino de Souza já havia tentado matar outra pessoa, em 2012, e foi beneficiado com prisão domiciliar

atualizado

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JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
Filho mata mãe
1 de 1 Filho mata mãe - Foto: JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

Um crime ocorrido nesta quinta-feira (22/2) chocou o Riacho Fundo. Fernando Lino de Souza, 33 anos, usou um guidão de bicicleta e espancou a mãe até a morte. Na carceragem da 27ª Delegacia de Polícia, o rapaz disse que assassinou brutalmente Isabel Lino de Souza, 60, por questões financeiras.

Tanto autor como vítima teriam problemas mentais, segundo familiares e vizinhos. O homem diz ter assassinado a idosa porque enfrentavam dificuldades financeiras em casa, na QS 6 do Riacho Fundo 2. Confuso, em outro momento, fala que Isabel gastava muita água. Segundo o rapaz, as brigas entres eles eram constantes. Perguntado sobre o porquê de ter dado cinco golpes de guidão na cabeça da mãe, respondeu: “Burrice da cabeça”.

Confira entrevista abaixo:

Indagado ainda se está arrependido, devolveu: “Tô”. Segundo testemunhas, antes de agredir a vítima, Fernando ainda a amarrou e a amordaçou. E não fugiu da cena do crime. Foi preso em flagrante.

Vizinha da família, a enfermeira Letíce Spíndola, 38, prestou os primeiros socorros a Isabel. Ela contou que quando chegou ao local, a mulher já havia levado três golpes. “Ajudei ela a se sentar e, na minha frente, ele a atingiu mais duas vezes”, disse ao Metrópoles. “Verifiquei os sinais vitais. Ela ainda deu alguns suspiros, mas não resistiu”, afirmou, em estado de choque.

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A mulher levou cinco golpes na cabeça
Uma vizinha, que é enfermeira, chegou ao local e viu o filho acertar a vítima mais duas vezes
O assassino utilizou um guidão para tirar a vida da mulher
De acordo com a PM, o filho permaneceu no local e foi preso em flagrante
O homem foi levado à 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas)
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A mulher levou cinco golpes na cabeça

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Uma vizinha, que é enfermeira, chegou ao local e viu o filho acertar a vítima mais duas vezes

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O assassino utilizou um guidão para tirar a vida da mulher

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De acordo com a PM, o filho permaneceu no local e foi preso em flagrante

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O homem foi levado à 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas)

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Ele teria culpado a mãe pelo início da briga

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O homem acrescentou que os desentendimentos com a mulher eram recorrentes

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A enfermeira disse, ainda, que o homem pediu a ela para entrar em contato com a polícia. “Mandei ele manter distância para eu poder sair. Foi horrível”, recordou.

Vizinhos contaram à reportagem que mãe e filho moravam há dois anos na casa. “Ele já foi internado e nós ficávamos com medo. Achávamos que ele iria matar a mãe. Infelizmente, aconteceu. A Isabel frequentava minha casa. Pessoa que, apesar dos problemas mentais, demonstrava amizade e não era agressiva. A única preocupação dela era o filho”, lamentou Áurea do Nascimento Alves, 54.

De acordo com uma das irmãs da mulher, que pediu para não ter o nome divulgado, o sobrinho usava drogas. “A mãe protegia muito ele. Já tinha sido preso por agredir um idoso em Taguatinga, onde eles moravam antes. Sempre tentávamos aconselhar, mas ele era muito difícil”. Ainda conforme informou a tia do agressor, a vítima tem outro filho. Ele mora em Palmas (TO).

Ela contou ainda que autor e vítima deveriam tomar medicação diariamente. “Ela parou por conta própria”, afirmou.

Prisão domiciliar
O crime chocou até mesmo os policiais, conta o chefe da 27ª DP, delegado Pablo Aguiar. Ele destacou que Fernando vai responder por feminicídio qualificado e pode ficar até 30 anos na cadeia. “Espero que ele seja condenado à pena máxima e fique longe da sociedade por um bom tempo”, disse ainda.

Ao delegado, o agressor afirmou que matou a mãe por dificuldades financeiras. “Por motivo fútil”, ressaltou Pablo Aguiar. Isabel foi pega de surpresa, quando estava sentada. “O sustentava com a aposentadoria do INSS, inclusive o vício dele nas drogas (crack e maconha). É uma situação muito triste e remete às dificuldades que o nosso país passa diante de uma legislação extremamente frouxa”, disparou o chefe da 27ª DP.

Segundo Aguiar, Fernando já tinha sido preso por tentativa de homicídio em 2012 e, em 2014, liberado para prisão domiciliar. “Se esses benefícios fossem extintos, ele estaria preso, e a mãe, viva”, destacou o delegado.

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