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Burocracia em liberação de documento faz famílias de PMs ficarem sem atendimento de saúde

Segundo familiares de policiais militares, a emissão de guias para consultas e exames foi suspensa para a maioria dos pacientes

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Hugo Barreto/Metrópoles
Enfermeiros, PMs e viatura - Metrópoles
1 de 1 Enfermeiros, PMs e viatura - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Quando se contrata um plano de saúde, espera-se que a busca por uma consulta, exame ou atendimento de urgência seja menos penoso do que enfrentar as longas filas de praxe no Sistema Único de Saúde (SUS). A garantia, porém, não tem sido a realidade de famílias de policiais militares do Distrito Federal, que denunciam dificuldade em conseguir guias de atendimento para clínicas e hospitais credenciados ao convênio da corporação.

O Metrópoles entrevistou familiares de militares, que pediram sigilo de suas identidades, por medo de represálias. “Os policiais não podem falar nada. E querem nos calar de qualquer forma”, lamentou uma esposa.

Uma das famílias tenta, sem sucesso, há quase três meses uma guia para consulta e exames cardiológicos. Preocupados, pagaram do próprio bolso por uma consulta médica, mas não tiveram condições de arcar com os exames. “Ainda não sabemos qual é a doença. Está insustentável. A saúde da PM está abandonada”, disse a companheira de um militar.

Segundo as famílias, hospitais estariam recebendo ligações da PMDF avisando que emissão de guias foi suspensa “temporariamente”. O motivo seria uma suposta falta de recursos.

Algumas famílias procuram o canal do Convênio de Saúde da Polícia Militar (PMDF) por meio do WhatsApp. As respostas indicam a suspensão do atendimento, sem prazo para retorno. Durante a troca de mensagens, a família recebe a seguinte informação: “As guias não estão sendo emitidas no momento e semanalmente está sendo analisado para um possível retorno da emissão”.

Veja as conversas:

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O sistema informa aos usuários a suspensão do serviço
O e-mail para solicitação de guias também está fora do ar
As famílias perguntam por alternativas, mas a resposta do serviço: aguardar o retorno
O atendimento presencial é apenas para pacientes oncológicos e pessoas a partir dos 60 anos
As famílias continuam buscando informações e alternativas. Mas não tem sucesso
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Famílias de policiais militares não conseguem guias para consultas e exames

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O sistema informa aos usuários a suspensão do serviço

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O e-mail para solicitação de guias também está fora do ar

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As famílias perguntam por alternativas, mas a resposta do serviço: aguardar o retorno

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O atendimento presencial é apenas para pacientes oncológicos e pessoas a partir dos 60 anos

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As famílias continuam buscando informações e alternativas. Mas não tem sucesso

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O sistema passou a emitir respostas automáticas

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Segundo as famílias, o problema começou a pouco mais de dois meses

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Pacientes enviam e-mails mais não recebem qualquer resposta

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Ao final de uma conversa em busca de informações a resposta do sistema foi um "joinha"

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Em outro momento, o serviço informa que o e-mail está fora do ar. O atendimento presencial seria restrito a pacientes oncológicos e acima dos 60 anos. A família tenta de novo, sem sucesso. E recebe como resposta um emoji de “joinha”.

Apenas idosos, oncológicos e cardíacos

Exames só estariam sendo liberados para pacientes idosos, oncológicos e alguns casos cardíacos. Os demais estariam sendo retidos, inclusive no caso de crianças. “De antemão vem o susto. Mas depois, vem muita humilhação. Simplesmente correm e tiram o site do ar. Correm para dizer que tem vagas, mas não tem”, lamentou a familiar de um policial.

Outro lado

Em nota, a PMDF informou que as guias de autorização são emitidas “conforme disponibilidade orçamentária para cada especialidade”.

Para pacientes prioritários por lei ou oncológicos, “as guias de autorização podem ser retiradas presencialmente na Seção de Acolhimento ao Usuário (SAU), no Centro Médico da Corporação”. “Para os demais beneficiários, as guias de consulta podem ser retiradas pelo site http://marcacao.saude.pm.df.gov.br/marcacaoweb, e as guias de exame, pelo e-mail dsap.sau@pm.df.gov.br.”

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