Buriti rechaça restrições dos EUA por insegurança a cidades do DF
“Nelas vivem cerca de 600 mil habitantes, que trabalham, estudam e convivem em situação de absoluta normalidade”, destaca GDF
atualizado
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O Governo do Distrito Federal rechaçou nesta quinta-feira (11/1) a inclusão de quatro cidades brasilienses na lista de restrições elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA. O alerta para turistas e autoridades norte-americanas vale para as “favelas” — como trata o documento — de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá. Em termos de ameaça à segurança, as quatro regiões administrativas foram vistas sob a mesma ótica (nível 2) de países europeus que sofrem ataques terroristas.
Segundo o governo local, a realidade da segurança das quatro cidades mencionadas não pode ser comparada a outras localidades violentas no Brasil e no exterior. “Nelas vivem cerca de 600 mil habitantes, que trabalham, estudam e convivem em situação de absoluta normalidade. Como em qualquer cidade no mundo ocorrem crimes, mas tudo dentro da normalidade”, destacou, em nota, o Palácio do Buriti.
“Não viaje para as áreas de favela, onde as polícias local e militar não operam, mesmo numa visita guiada. Nem as empresas de turismo nem a polícia podem garantir sua segurança ao entrar em favelas, como ocasionalmente, confrontos entre facções e com a polícia podem ultrapassar os confins das favelas”, alertam os EUA. A publicação é incisiva no perigo. “Exceto em circunstâncias limitadas e com aprovação prévia, funcionários do governo americano podem visitar” esses locais.
Nível 2
A categorização relacionada à periculosidade tem quatro níveis de atenção. O Brasil foi classificado como nível 2. Nesse caso, o departamento orienta para que os viajantes aumentem o cuidado, pois o país tem áreas que oferecem um maior risco à segurança.
Colômbia, Congo, Etiópia, Egito e Arábia Saudita foram classificados na mesma categoria do Brasil. Países europeus também se enquadraram no nível 2, devido a riscos de atentado terroristas. São eles: Espanha, França, Inglaterra e Alemanha.
O Metrópoles procurou a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília para comentar o documento, mas até a publicação desta reportagem, o órgão não havia se manifestado.