Briga entre vizinhos quase acaba em tragédia no Jardim Mangueiral
O síndico, que é policial militar de Goiás, baleou marido de uma moradora. Segundo o PM, ele atirou em legítima defesa
atualizado
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Uma briga entre um síndico e uma condômina acabou com um homem baleado no Jardim Mangueiral na noite desta quinta-feira (16/3). Iara Cordeiro, 33 anos, moradora de uma das casas da Quadra 3, Rua L, começou uma discussão, por meio do WhatsApp, com Hebert Henrique Araújo de Almeida, administrador do condomínio e policial militar de Goiás, sobre vários problemas encontrados no local.
O bate-boca ficou acalorado e, de acordo com uma foto divulgada pela mulher na internet, o PM escreveu frases machistas direcionadas a ela. “Quanto a minha vida, cidadã. Não se meta. Não sabe de onde vim e nem como fui criado. Com certeza tenho mais educação e moral que vc que apela para expor o filho criança em rede de tv nacional. Ridículo! Vai cuidar de sua cozinha que vc ganha mais (sic)”. Indignada, a mulher foi prestar queixa na Delegacia da Mulher contra a ameaça do síndico.
Enquanto estava no local, no entanto, recebeu a notícia de que o marido dela, Pedro Henrichs, 32, havia sido baleado pelo síndico. “O policial ficou passando pela casa deles no condomínio. O marido foi tirar satisfação e o PM atirou. O disparo atingiu as duas pernas dele”, contou Ciza Cordeiro, irmã de Iara, ao Metrópoles.
Pedro foi levado para o Hospital de Base. Segundo um amigo que acompanha a vítima, ele chegou ao local consciente e passou por uma cirurgia.
Outro lado
Segundo o policial militar de Goiás Hebert Henrique, ele foi ameaçado tanto por Pedro quanto por Iara na conversa de WhatsApp. “Depois que dei a resposta nela, a bloqueie e retirei do meu aplicativo. A mulher mandou para o Pedro apenas uma parte editada da conversa. Quando ele viu, foi para a rua e começou a falar para todos que ia tirar satisfação comigo, me ameaçando até de morte”, contou Hebert.
Um dos vizinhos passou a informação ao policial que foi até a 30ª Delegacia de Polícia registrar ocorrência contra Pedro. “Quando cheguei na minha rua, ele estava me esperando. Minha mulher parou o carro e ele partiu para cima dela. Saí do veículo para defendê-la e Pedro desferiu dois golpes com algum objeto contra mim. Saquei a arma e atirei em direção às pernas, um procedimento padrão da polícia, para parar com a violência”, defendeu-se o policial.
Logo depois, o policial voltou à 30ª DP, apresentou-se e mostrou a arma. O caso ainda será investigado.