BRB registra maior lucro líquido da história em 2021: R$ 608 milhões
Os números positivos estão relacionados ao volume de negócios fechados pelo BRB. A carteira de crédito teve crescimento de 34,4%
atualizado
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Em um ano de desafios, marcado pela segunda onda da pandemia de Covid-19, o Banco de Brasília (BRB) registrou o maior lucro líquido de sua história: R$ 608 milhões. O valor representa aumento de 35,2% em relação a 2020, com retorno sobre patrimônio de 26,5%.
Os números positivos estão relacionados ao volume de negócios fechados pelo BRB. A carteira de crédito teve crescimento de 34,4%, acima dos 16,5% da média de mercado.
Ao todo, essa carteira alcança o montante de R$ 21,8 bilhões em várias linhas de negócios. A primeira é a de crédito imobiliário, que aumentou 82%, com relação a 2020, e fechou 2021 com R$ 4,5 bilhões de saldo.
A carteira de grandes empresas cresceu 261% e fechou com saldo de R$ 391 milhões. A carteira de micro, pequenas e médias empresas teve incremento de 32,7% e alcançou R$ 1,6 bilhão de saldo. O crédito rural subiu 23%, com saldo de R$ 541 milhões.
O BRB estima repassar R$ 266 milhões em dividendos aos acionistas. Juntos, o GDF e o Instituto de Previdência dos Servidores (Iprev) têm 96,85% das ações do banco.
Banco Público
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, credita parte do crescimento e fortalecimento do banco ao exercício do papel de instituição financeira pública, voltada às necessidades da população.
“Em um ano com tantos desafios, o BRB mostrou seu papel de banco público. É o resultado de uma construção para atuarmos de forma completa. Ao mesmo tempo que somos líderes no crédito imobiliário, com papel importante entre os servidores no crédito consignado, financiamento rural e concessão de empréstimo às pessoas jurídicas, também exercemos papel na implementação dos programas sociais do GDF”, afirmou Paulo Henrique Costa ao Metrópoles.
Segundo ele, ao longo de 2021, mais de 300 mil famílias receberam R$ 282 milhões distribuídos por meio dos programas Material Escolar, Cartão-Alimentação e Creche, Pão e Leite, Mobilidade Cidadã e outros.
“Desde 2019, início do governo, o BRB foi responsável por operacionalizar o acesso de R$ 503 milhões a 453 mil famílias no DF”, completou o presidente do banco.
Clientes
O saldo de 2021 também é positivo para o aumento no número de clientes do BRB. Somente nos 12 meses do ano passado, 2,7 milhões de novos usuários entraram para o banco, que fechou o ano com 3,5 milhões de correntistas.
“A quantidade de clientes do banco aumentou 344% em 2021. Hoje, estamos em 5 mil municípios brasileiros, 39 países, seis continentes. Hoje, 88% das transações do banco são digitais”, ressaltou Paulo Henrique Costa.
Números do BRB
R$ 608 milhões
Lucro líquido
R$ 4,5 bilhões
Crédito imobiliário
R$ 2,6 bilhões
Patrimônio líquido
3,5 milhões
de clientes em 2021
90%
de presença em todo o Brasil
Desafios para 2022
Líder por dois anos consecutivos entre as instituições bancárias que mais concedem crédito imobiliário no Distrito Federal, um dos desafios do BRB para 2022 é conseguir manter as menores taxas para os clientes, mesmo com o aumento dos juros no país.
“A taxa Selic é o maior parâmetro do mercado. Quando ela sofre uma alteração tão grande (de 2% para 9,25% , em 2021. Hoje, em 10,75%), ela passa para os clientes. Mesmo assim, estamos com visão otimista. Os números mostram que a quantidade de vendas aumentou, e ainda temos taxas competitivas”, afirmou o presidente do BRB.
Hoje, a taxa de juros nos financiamentos da casa própria pelo BRB é a partir de 7,75% a.a. + TR, redução de 0,2 ponto percentual em relação à praticada anteriormente, que era a partir de 7,95% a.a. + TR.
O banco encerrou 2021 com R$ 3,1 bilhões em financiamentos concedidos no segmento, o que representa Market Share de 44,5% e crescimento de mais de 60% em relação a 2020, quando fechou o balanço com R$ 1,9 bilhão.
Além da modalidade TR, o BRB disponibiliza o crédito por meio das modalidades poupança e IPCA, respectivamente com taxas de juros a partir de 2,98% a.a. + poupança e 3,85% a.a. + IPCA.
Todas as taxas são válidas para imóveis enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH – imóveis residenciais de até R$ 1,5 milhão) e no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI – imóveis com valor superior a R$ 1,5 milhão). O índice é aplicado tanto em operações novas quanto em portabilidades.
Migração
Nos próximos dias, o banco pretende lançar condições que possibilitem – uma vez durante a vigência de contrato – a migração da modalidade de financiamento.
Até 2020, o crédito com juros e saldo devedor corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) possibilitava ao cliente ter taxas baixas, de 3,69% ao ano. No entanto, o IPCA subiu para 10%, e os financiamentos têm deixado de ser vantajosos em alguns casos. Assim, o BRB estuda oferecê-los a quem desejar a migração.
O financiamento imobiliário com juros prefixados e corrigidos pela Taxa Referencial (TR) tem se mostrado mais vantajoso, pois a TR é mais estável, tendo índice perto de 0%.
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