BRB diz que sistema antifraude na bilhetagem economizará R$ 300 mi
Banco buscou informações com a PCDF para elaborar sistema antigolpes. Segundo o presidente, mudanças começarão a ser sentidas em três meses
atualizado
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O Banco de Brasília (BRB) planeja estancar as fraudes no sistema de bilhetagem do transporte público do Distrito Federal dentro de três meses. Atualmente, golpes de toda ordem causam prejuízo anual de R$ 100 milhões aos cofres públicos. Prometendo um modelo de gestão mais eficiente, a instituição financeira espera acabar com a roubalheira e conseguir economizar cerca de R$ 300 milhões ao longo dos próximos cinco anos.
“Nós sentamos com a Polícia Civil [PCDF], que tem conduzido uma série de investigações. Mapeamos as possibilidades de fraudes e já vamos começar a implantar mudanças no processo”, assinalou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “A gente vai começar a perceber [as melhorias] talvez em três, quatros meses”, acrescentou.
A transferência da bilhetagem para o BRB e a extinção do DFTrans foram determinações do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). “Eu vou acabar com o DFTrans, porque aquilo é um órgão que só tem dado trabalho à população, desrespeito. É uma central de corrupção”, disparou o emedebista em 8 de abril de 2019. Com a absorção do novo serviço, o BRB promete fazer grandes investimentos em tecnologia a fim de frear os golpes.
Além do combate contra as falcatruas, o Governo do Distrito Federal (GDF) garante uma melhor prestação de serviço à população. Atualmente, existem 30 pontos de atendimento para carga e recarga de cartões. Segundo o presidente do BRB, dentro dos próximos 20 dias serão abertos 40 postos adicionais, utilizando a rede do BRB Conveniência. Ainda neste ano, o governo espera ampliar o serviço para 150 locais de atendimento. “Queremos melhorar a experiência do usuário, ou seja, que o processo se torne mais simples, ágil, e fácil”, concluiu Paulo Henrique Costa.
Extinção
A extinção do DFTrans foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (22/07/2019), com a Lei nº6.334, de 19 de julho de 2019. De autoria do Poder Executivo, o texto foi aprovado pela Câmara Legislativa (CLDF) no dia 18 de junho e sancionado pelo governador. Com a lei, o órgão deixa de existir e dá lugar a uma subpasta subordinada à Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob).
De acordo com o chefe do Executivo local, dentro de duas semanas o BRB deverá assumir definitivamente a gestão da bilhetagem. Nesse contexto, um compromisso do banco será a ampliação dos postos de atendimento.“Vamos ter uma qualidade maior, principalmente, na questão da fiscalização, que é tão criticada. Nós temos hoje um número muito grande de fraudes, principalmente na questão da utilização do cartão”, assinalou o emedebista.