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Brasilienses se mobilizam para último adeus a Roriz. Enterro será hoje

Após missa às 9h e culto ecumênico às 10h, corpo do ex-governador será levado do Memorial JK ao cemitério em carro aberto dos bombeiros

atualizado

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Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles
JOAQUIM RORIZ
1 de 1 JOAQUIM RORIZ - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

A população dá o último adeus ao ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz nesta sexta-feira (28/9). Brasília para a fim de se despedir do homem que governou a capital da República por mais tempo: foram 3.839 dias no comando do Executivo local.

Amigos, parentes e pessoas que nutriam admiração por Roriz participam de missa, às 9h, e de culto ecumênico, às 10h. Logo depois, o corpo de Joaquim Roriz será levado, em carro aberto do Corpo de Bombeiros, em carreata pelas ruas de Brasília.

O cortejo fúnebre sairá do Memorial JK, onde ocorre o velório desde as 15h de quinta (27), e seguirá pela via S1. De lá, passará pelo Palácio do Planalto e, depois, vai para a L4 Sul. Na altura da Embaixada do Iraque, o comboio acessará o Setor Policial Militar. O fim do trajeto é o Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

O sepultamento está marcado para as 11h. O corpo de Roriz terá um lugar especial: será enterrado em um jazigo próximo à lápide de Juscelino Kubitschek.

Todo o trajeto será acompanhado pela Polícia Militar, que atuará com viaturas e motocicletas. Segundo a corporação, a ideia é interferir o mínimo possível no trânsito, que será bloqueado apenas quando estritamente necessário.

Comoção
A manhã de quinta-feira (27) começou diferente no DF. Após os médicos do Hospital Brasília confirmarem o óbito, às 7h50, a notícia começou a circular em grupos de WhatsApp, no comércio e entre vizinhos. Com o local do velório definido, iniciou-se uma verdadeira romaria rumo ao Memorial JK, no Eixo Monumental.

Segundo estimativas da Polícia Militar, milhares de pessoas passaram pelo monumento para se despedir. Às 22h, cerca de 600 indivíduos ainda estavam prestando homenagens a Roriz. Familiares, autoridades e políticos se misturaram para tocar, pela última vez, as mãos do ex-governador.

Normalmente, velórios de personalidades contam com cordões de isolamento entre o público e o caixão, mas, por determinação de dona Weslian Roriz, esposa do patriarca do clã, as cordas que separavam o corpo dos simpatizantes foram retiradas. Assim, vários cidadãos puderam estar mais perto de Roriz.

A matriarca revelou a pessoas do círculo familiar que “Roriz sempre foi um homem do povo e que não poderia ter atitude diferente neste momento”. Weslian, aliás, precisou ser amparada pelo menos duas vezes. Ao lado das filhas e dos netos, chorou o tempo todo. Cansada, ela deixou o Memorial JK por volta das 20h45, acompanhada de Marilda, a enfermeira que cuidou de Joaquim Roriz nos últimos anos.

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Abadia chega ao velório de Roriz
Rosso ao lado de Liliane e Jaqueline, filhas de Roriz
Ex-vice-governador do DF, Benedito Domingos foi um dos primeiros a chegar ao velório
Ibaneis Rocha, candidato ao Palácio do Buriti, no Memorial JK
Candidato ao Buriti, Alberto Fraga (DEM) foi ao Memorial JK
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O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e a esposa, Márcia, no velório

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Abadia chega ao velório de Roriz

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Rosso ao lado de Liliane e Jaqueline, filhas de Roriz

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Ex-vice-governador do DF, Benedito Domingos foi um dos primeiros a chegar ao velório

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Ibaneis Rocha, candidato ao Palácio do Buriti, no Memorial JK

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Candidato ao Buriti, Alberto Fraga (DEM) foi ao Memorial JK

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Eliana Pedrosa, que é candidata ao Buriti e tem apoio da família Roriz, também foi prestar homenagem

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Leila do Vôlei, candidata ao Senado, foi ao velório

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Liliane chora a morte do pai, Joaquim Roriz

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Arruda com a mulher, Flávia, no velório de Roriz

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Jofran Frejat, ex-secretário de Saúde de Roriz, foi ao velório

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Iris Rezende no velório de Roriz

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Maria de Lourdes Abadia foi vice de Roriz e uma das primeiras pessoas a chegar no enterro do ex-governador

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Mulher chora sobre o corpo de Roriz

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Benjamin Roriz ao lado de Jaqueline Roriz

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Populares começam a chegar para o velório do ex-governador

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Mulher desmaia ao ver corpo do ex-governador Roriz

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Ela foi socorrida por brigadistas

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Mulher sendo atendida pelo Corpo de Bombeiros

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Corpo do ex-governador chega ao Memorial JK

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Entrada do Memorial JK, onde o corpo do ex-governador está sendo velado

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Memorial JK sendo preparado para o velório

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Fachada da casa do ex-governador, no Park Way, onde o entra e sai foi intenso na quinta (27/9)

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Eliana Pedrosa foi à residência dos Roriz prestar solidariedade

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Eleitor de Roriz na porta da casa da família

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Joaquim Roriz Neto no Hospital Brasília

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Arruda, ex-secretário de Roriz e ex-governador do DF

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Neto Joaquim Roriz, Jaquline Roriz e o marido dela, Manoel Neto, deixam hospital

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Jaqueline Roriz e o marido, Manoel Neto

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Dedé Roriz, sobrinho do ex-governador

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Liliane Roriz e filha deixam Hospital Brasília

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Corpo chega ao Memorial JK

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Mulher passa mal do lado de fora do Memorial JK

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Mulher chora a morte de Roriz

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Pedro Passos, ex-distrital

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Comoção no velório

Devoção
Quatro bandeiras foram colocadas sobre o caixão, cada uma delas ligada à história de Joaquim Roriz. Entre elas: a do Brasil; a do estado de Goiás, onde Roriz nasceu e iniciou a carreira na política; a do Distrito Federal; e, por fim, do Divino Espírito Santo. Esta última tem relação com a devoção católica da família e a tradicional festa do Divino Espírito Santo, na qual o ex-governador costumava marcar presença.

Ao longo do dia, sete dos 11 candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) compareceram ao Memorial JK. Apenas Renan Rosa (PCO), Guillen (PSTU), Júlio Miragaya (PT) e Fátima Sousa (PSol) não apareceram na cerimônia.

Ex-funcionários de Roriz dos mais variados escalões também prestaram a última deferência ao ex-chefe. Lá, estavam ex-motoristas, ex-secretários de Estado e outras pessoas que um dia trabalharam para a família.

O calor e a comoção fizeram duas mulheres desmaiar. Entre os presentes, muitos carregavam objetos em homenagem ao líder político. Durante o velório, que começou às 15h de quinta (27) e está previsto para terminar às 9h desta sexta-feira (28), muitos simpatizantes empunhavam orgulhosamente quadros, bandeiras e santinhos com o rosto de Roriz.

Um deles, inclusive, improvisou, em folhas de caderno, um abaixo-assinado a fim de recolher assinaturas e pedir ao GDF a construção de um memorial de Roriz em Samambaia, a primeira das 11 cidades fundadas pelo ex-governador do Distrito Federal.

As últimas semanas
Joaquim Roriz estava internado no Hospital Brasília, no Lago Sul, desde 24 de agosto, quando deu entrada com febre alta. Os médicos confirmaram a morte na manhã de quinta (27), por choque séptico decorrente das complicações da infecção pulmonar, que resultou em falência múltipla dos órgãos.

Nas últimas semanas, o patriarca do clã Roriz estava na unidade de terapia intensiva (UTI) e chegou a apresentar melhora, quando foi transferido para um quarto no último dia 10.

Contudo, voltou a ser internado na UTI dois dias depois, onde permaneceu até o momento de sua morte. Algumas horas antes do óbito, Roriz sofreu uma parada cardíaca e foi submetido a traqueostomia. A cirurgia abriu um pequeno orifício na traqueia, onde uma cânula foi instalada para a passagem de ar. Depois, sofreu mais duas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

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