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Brasilienses na Flórida temem chegada de furacão: “Tempo mudou”

A caminho da Flórida, o furacão Ian chegou nesta quarta-feira (28/9) à categoria 4, do total de 5. Veja vídeos gravados pelos moradores

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Reprodução/vídeo
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1 de 1 foto-furacao-florida - Foto: Reprodução/vídeo

Brasilienses que vivem na Flórida, nos Estados Unidos, se preparam para passar dias reclusos em casa a fim de se protegerem do furacão Ian, que, nesta quarta-feira (28/9), chegou à categoria 4 – do total de 5 – na escala Saffir-Simpson. Na prática, significa que a tormenta tem elevado potencial destrutivo, com ventos entre 210 km/h e 249 km/h.

A informação foi confirmada pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês) dos Estados Unidos. Nesta manhã, o furacão estava a 125 quilômetros de Naples, na Flórida.

O pastor evangélico Gustavo Alves, 39 anos, mudou-se de Brasília para Orlando com a esposa e três filhos, de 8, 5 e 3 anos, há dois meses. A família, que vivia em Águas Claras, resolveu aproveitar uma oportunidade para ficar de vez no estado norte-americano. No entanto, a notícia do furacão trouxe medo nos últimos dias.

“A gente não está acostumado com isso, então fiquei desesperado, assustado, quando soube. As pessoas começaram a ir ao mercado comprar água, papel higiênico, comida em lata e fazer estoque”, conta Gustavo.

Segundo Gustavo, a esposa e os filhos integram uma comunidade da igreja que frequentam. “Quando você chega a outro país já é muito bom ter uma rede de apoio. Agora, neste momento, se torna ainda mais importante”, considera.

A família, que mora em uma casa, comprou água, lanterna, baterias externas para celulares e comida. “Outra instrução que recebemos foi deixar o tanque do carro cheio, caso venha aviso de evacuação; e sacar dinheiro, pois, se acabar a energia, as maquininhas de cartão também não funcionam. Então, seguimos as orientações”, relata.

De acordo com ele, a previsão é que o furacão Ian chegue a Orlando nesta noite. “A escola das crianças suspendeu as aulas, os parques estão fechados e o tempo já mudou. Os dias estavam ensolarados e quentes e, hoje pela manhã, já está nublado”, detalha.

“A gente vai observando e tentando controlar as emoções para não se desesperar”, afirma Gustavo.

Veja vídeo gravado pelo morador de Orlando na manhã desta quarta:

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Eles moram em Orlando há dois meses
Brasilienses criaram rede de apoio com amigos da igreja
O brasiliense Luiz Roberto Magalhães e a família trocaram Brasília pela Flórida há dois meses: "Ontem, o tempo mudou bastante, com muita chuva e vento"
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Família de Gustavo em parque da Disney

Arquivo pessoal
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Eles moram em Orlando há dois meses

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Brasilienses criaram rede de apoio com amigos da igreja

Arquivo pessoal
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O brasiliense Luiz Roberto Magalhães e a família trocaram Brasília pela Flórida há dois meses: "Ontem, o tempo mudou bastante, com muita chuva e vento"

Arquivo pessoal

Ventos fortes

O jornalista Luiz Roberto Magalhães, 50, também deixou Brasília há dois meses para viver na Flórida com a esposa e dois filhos, de 13 e 14 anos. A família, que morava na Asa Norte, agora está em Boca Raton, cidade na costa sudeste da Flórida a uma hora de Miami.

Como deixaram Brasília por causa dos estudos de Cíntia, esposa de Luiz, a ideia é passar apenas um ano nos Estados Unidos. “A gente pegou muito sol, ainda pegamos o verão quando chegamos. Agora, veio essa notícia”, comenta o jornalista.

“Felizmente, não estamos na rota do furacão, pois ele está previsto mais para o norte da Flórida. Mas, ontem, o tempo mudou bastante, com muita chuva e vento”, completa.

Da varanda do apartamento, Luiz filmou o tempo fechado e comentou sobre a chegada dos ventos.

Veja:

“O apartamento tem uma blindagem que a gente pode puxar nas janelas se o vento for muito forte. Os meninos ficaram com bastante medo, já queriam que fechasse a proteção”, conta.

As aulas dos adolescentes foram suspensas nesta quarta e na próxima quinta-feira (29/9). Apesar disso, ele diz que não há alerta de evacuação na cidade. “Agora, é aguardar e torcer para o impacto ser o menor”, conclui.

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