Brasilienses economizam na pandemia e estão menos endividados que em 2019
Segundo pesquisa da Fecomércio, 80,8% dos entrevistados tinham dívidas, em 2019. Em outubro de 2020, são 58%
atualizado
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O endividamento do brasiliense caiu 22,8 pontos percentuais em outubro, se comparado com o mesmo período do ano passado. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Fecomércio-DF nesta sexta-feira (6/11), houve uma cautela maior do brasiliense no período da pandemia do novo coronavírus e a quantidade de endividados caiu de 80,8% das famílias para 58%.
Na comparação por mês já no ano de 2020, os resultados também são positivos. O levantamento aponta que o endividamento das famílias registrou a segunda queda consecutiva. O número de famílias com algum tipo de dívida na capital do país passou de 608.359 em setembro para 584.831 em outubro. Isso significa que 58% das famílias brasilienses estão endividadas, ante 60,4% em setembro.
Na visão do presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, as quedas ocorreram porque o consumo dos brasilienses está mais cauteloso.
“Naturalmente, com o período de pandemia, as famílias brasilienses frearam o consumo. Muita gente perdeu o emprego e o poder de compra. Com isso, as pessoas estão evitando comprar bens duráveis: fugindo do parcelamento e gastando apenas no essencial. Entretanto, acreditamos que o varejo volte a ter uma recuperação gradativa com as festas de final do ano: Natal e Ano Novo”, disse Francisco Maia.
Tipo de endividamento
Entre os endividados, o principal instrumento continua sendo o cartão de crédito: 69,8%, seguido por financiamento de casa (20,9%) e financiamento de carro (20,1%). As dívidas de 52,2% dessas famílias vão durar por mais de um ano. Já 12,3% dos entrevistados afirmaram ter dívidas entre 6 meses e 1 ano. Comprometimento da renda com pagamentos de parcelas de até 3 meses registrou um total de 14,8% dos entrevistados.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) orienta os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor, com informações sobre o nível de comprometimento da renda do consumidor com dívidas, contas e dívidas em atraso, e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.