Brasilienses aproveitam ponto facultativo para ver goleada da Seleção na Copa Feminina em bares
As brasileiras estrearam na Copa com goleada por 4 a 0 contra o Panamá
atualizado
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Torcedores da Seleção Brasileira que moram no Distrito Federal acordaram cedo nesta segunda-feira (24/7) para assistir à estreia da equipe feminina na Copa do Mundo, às 8h. As brasileiras “atropelaram” o Panamá e garantiram vitória por 4 a 0.
Aproveitando o ponto facultativo decretado tanto pelo governo local quanto pelo federal, alguns torcedores foram cedinho para bares torcer pelas jogadoras.
No Barziin Gatrobar, localizado na 413 Norte, frequentadores do estabelecimento chegaram cedo, por volta das 7h, para garantir uma mesa perto de uma das televisões que transmitia a partida.
Caracterizados com as cores verde e amarela, os torcedores estavam animados com a partida e demonstraram bastante otimismo com o resultado a favor do Brasil.
A publicitária Camila Cantarino, 32 anos, estava acompanhada de um grupo de amigas com quem joga futebol semanalmente. “Todo mundo gosta do esporte, então a oportunidade de ver a Copa do Mundo de Futebol Feminino não tem como não incentivar. A gente já estava marcando de vir aqui. Independentemente de onde veremos os próximos, o importante é comemorar o futebol feminino sempre”, disse.
A redatora Paula Barbirato, 26 anos, imaginou que, por conta do horário, o grupo teria que procurar alguma padaria para assistirem juntas ao jogo. “Melhor coisa começar uma segunda-feira vendo um futebol de qualidade. Apostei 4 a 0 em um bolão. A gente tem um sistema defensivo muito bom, então quis ser bem racional com o meu chute de placar”, comentou.
A ideia de abrir o Barziin Gastrobar para transmitir o jogo do Brasil, com direito à cardápio especial de café da manhã, partiu da proprietária, Marcela Melo. Em 2019, o local, que era recém-inaugurado, foi escolhido por um projeto para ser o bar oficial de transmissão dos jogos da copa feminina. De lá para cá, o número de clientes só aumentou.
“A gente ficou marcado por abraçar a causa das meninas. Este ano, a gente estava meio na dúvida de abrir o bar, por conta do horário dos jogos, mas assim que anunciamos nas redes sociais, o público já começou a engajar e resolvemos abrir para fazer essa festa linda. É empolgante, pois nossas meninas merecem esse reconhecimento, são anos de batalha lutando por igualdade. Elas fazem a parte delas dentro de campo e a gente faz a nossa aqui torcendo”, ressaltou Marcela.
Quem também fez questão de comparecer com os amigos no bar foi a professora Kailene Racele, 38 anos. “Sou fã da Seleção. É um apoio e moral que a gente dá, para fomentar. Eu penso assim: se fosse a equipe masculina, todo mundo sairia, por que não também com o time feminino? Independente do horário, vamos torcer”, destacou.
Outro bar que alterou o horário de funcionamento em razão da partida futebolística é o B de Butiquinha, situado na 714/715 Norte. Por lá, cerca de 60 pessoas se reuniram para assistir ao jogo ao longo da manhã.
“A gente é um bar mais focado no público LGBT feminino mesmo, então a gente quer muito ser um espaço cultural e achamos importante trazer engajamento, queríamos valorizar a copa. Vamos fazer café da manhã, abrir em todos os dias de jogos. Até pedimos para os clientes fazerem reserva, para garantir mesa”, contou a proprietária, Marina Andrade, 42 anos.
O gestor cultural Fábio Perinotto, 37 anos, contou que sempre que possível acompanha a equipe feminina do Brasil, inclusive, foi ao último amistoso do time brasileiro antes da copa aqui no DF.
“Não costumo ver muito futebol masculino, porque acho o futebol feminino muito melhor. Soube da programação aqui no B de Butiquinha e vim com o pessoal. Está sendo ótimo poder presenciar isso”, disse.