Brasiliense tem de trabalhar 119h para pagar cesta básica. Veja preços
A capital federal ocupa a 6ª posição de cesta mais cara do Brasil. Leite integral foi o alimento que mais aumentou em relação a março
atualizado
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O brasiliense precisa trabalhar 119 horas e 30 minutos por mês para comprar uma cesta básica. Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que o preço da combinação de alimentos subiu em abril e chegou a R$ 717,09. O montante representa 58,72% de um salário mínimo.
O valor dos itens teve aumento de 3,43% quando comparado a março. A capital federal ocupa a sexta posição no ranking das cestas mais caras do Brasil.
Confira a lista:
Levando em consideração a garantia constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
O levantamento demonstra que, em abril de 2023, o salário mínimo para manter uma família de quatro pessoas no Brasil deveria ter sido de R$ 6.676,11 — 5,05 vezes o valor atual, de R$ 1.320. Em março, o total necessário era de R$ 6.571,52 e correspondeu a 5,05 vezes o pagamento em vigor à época.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em abril de 2023, 56,51% rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos.
Veja aumento
Os 13 produtos da cesta básica são: açúcar refinado, arroz agulhinha, banana, batata, café em pó, carne bovina de primeira, farinha de trigo, feijão carioquinha, leite integral, manteiga, óleo de soja, pão francês e tomate.
No Distrito Federal, o preço do leite integral foi o que mais aumentou. A capital teve a segunda maior elevação do país de 5,54%, ficando atrás apenas de Campo Grande, com variação de 6,64%.