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Brasiliense que sobreviveu à queda de avião em SP fala pela 1ª vez

Uma semana após o avião cair no município de Boituva, a atleta Júlia Losada, 24 anos, conversou com o Metrópoles e agradeceu pela vida

atualizado

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Arquivo pessoal/Imagem cedida ao Metrópoles
Paraquedista do DF em salto em Boituva
1 de 1 Paraquedista do DF em salto em Boituva - Foto: Arquivo pessoal/Imagem cedida ao Metrópoles

Pela primeira vez, depois de uma semana que o avião de pequeno porte que levava piloto e 15 passageiros, todos paraquedistas, caiu em Boituva (SP), a atleta brasiliense Júlia Losada, 24 anos, se pronunciou sobre o ocorrido, após ter sobrevivido ao acidente.

Em entrevista ao Metrópoles, na manhã desta quarta-feira (18/5), Júlia agradeceu pela vida e deu relatos sobre os momentos de desespero e pânico que passou dentro da aeronave. “Eu achei que seria o fim de todo mundo.”

Veja fotos da paraquedista:

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Salto foi registrado antes do acidente
A atleta Júlia Losada, 24 anos
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Júlia sobreviveu à queda

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Salto foi registrado antes do acidente

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A atleta Júlia Losada, 24 anos

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“Comecei no paraquedismo durante a pandemia. Sou atleta há um ano e meio. Eu estava em São Paulo com a minha mãe, iríamos passar apenas três dias e resolvi ir até Boituva para treinar e saltar com um instrutor experiente”, conta a atleta.

Segundo Júlia, para um salto ideal o avião precisa subir a 12 mil pés. “Naquele dia nós já tínhamos feito dois saltos incríveis. Estava tudo correndo ótimo até que, quando iriamos para o terceiro salto, aconteceu o acidente. Quando o avião chegou a mil pés ele apresentou a primeira falha na turbina”, descreve a paraquedista.

Nas redes sociais, a atleta fez uma publicação no perfil pessoal e compartilhou um vídeo com imagens do último salto realizado antes do acidente.

Assista o salto e leia o relato da atleta no perfil pessoal do Instagram:

Emergência

Ainda de acordo com a brasiliense, quando ocorre uma emergência dentro da aeronave, todos os atletas são treinados para adotar os procedimentos de segurança. “Estávamos todos com o cinto de segurança e preparados para o pouso de emergência. Escutei um grande barulho como se fosse o motor parando e levei um susto. Poucos segundos depois, o avião apresentou novamente a falha. Ninguém se desesperou e todos seguiram as regras e preparação para o impacto no pouso forçado.”

A paraquedista que estava no avião contou à reportagem que a aeronave tocou duas vezes o solo em um pasto antes de bater em um barranco, capotar e ficar com as rodas para cima.

Conforme Júlia, eles chegaram a pensar que conseguiriam pousar em segurança, e até comemoraram, antes da aeronave atingir o barranco. “Se não fosse o barranco, teríamos o melhor resultado possível. Talvez com alguns danos, mas tenho certeza que não teríamos as duas perdas”, lamenta.

Recuperação

Quatorze pessoas sobreviveram à queda. Júlia sofreu escoriações e ficou com a coluna travada. “Todos estão bem. Estamos com poucas dores no corpo. Por mais que o trauma seja muito forte, sabemos que o resultado não foi o pior. Estávamos ali fazendo o que a gente mais ama na vida. Estou muito agradecida”, relata.

“Esse acidente foi uma raridade. De todos que estavam lá, ninguém nunca tinha passado por isso. Estava tudo certo com o avião. Aguardamos os órgãos responsáveis com a apuração do que de fato aconteceu”, finaliza a atleta.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de SP, a aeronave bateu em uma torre de alta tensão e teve de fazer um pouso forçado em um pasto. Duas pessoas morreram no acidente.

As vítimas são Wilson José Romão Júnior (à direita na foto abaixo), de 38 anos, paraquedista e instrutor. Ele saltava havia vários anos e era de Piracicaba, também no interior paulista. André Luiz Warwar, 53, funcionário da área de tecnologia da TV Globo e diretor de filmes, também perdeu a vida no acidente. Era também paraquedista experiente e teve seu primeiro longa-metragem — Crime da Gávea — veiculado em 2017.

Wilson José Romão Júnior e André Luiz Warwar
Wilson José Romão Júnior e André Luiz Warwar, vítimas fatais do acidente com avião em Boituva

O Centro Nacional de Paraquedismo (CNP) da cidade registra, em média, 120 decolagens diárias para fins de salto de paraquedismo. Em maio, a prefeitura do município realizou reuniões para debater o protocolo de atendimento de segurança, adoção de procedimentos e melhorias na gestão, estrutura e operação das atividades no CNP.

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Ao menos nove pessoas ficaram feridas.
Duas pessoas tiveram paradas cardiorrespiratórias.
Avião colidiu contra torre de alta tensão.
Aeronave levava pessoas que iriam fazer paraquedismo.
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Avião de pequeno porte caiu em Boituva.

Reprodução/Facebook
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Ao menos nove pessoas ficaram feridas.

Corpo de Bombeiros de São Paulo
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Duas pessoas tiveram paradas cardiorrespiratórias.

Corpo de Bombeiros de São Paulo
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Avião colidiu contra torre de alta tensão.

Corpo de Bombeiros de São Paulo
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Corpo de Bombeiros de São Paulo
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Aeronave levava pessoas que iriam fazer paraquedismo.

Reprodução/Facebook

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