Brasiliense ajuda mulheres vítimas de violência a passar por crise da Covid
Liliane Novais é bancária e decidiu auxiliar moradoras do DF a ter autonomia financeira durante a pandemia
atualizado
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A pandemia do novo coronavírus está afetando grande parte da população no mundo todo. Porém, em muitos lugares, a solidariedade vem se sobressaindo aos problemas causados pela doença. No Distrito Federal, uma moradora do Guará II comprou uma Kombi com o objetivo de ajudar outras mulheres. A ideia inicial era auxiliar financeiramente vítimas de violência doméstica – porém, o projeto cresceu e passou a contemplar também pessoas carentes ou em situação de rua. Hoje, a iniciativa está focada em gerar novas possibilidades para que esse público feminino consiga sobreviver em meio à quarentena.
Nesse fim de semana, a bancária Liliane Novais, 40 anos, distribuiu kits que contêm máscaras, álcool em gel, bombom e alguns “recados de Jesus” para mulheres e moradores de rua no centro de Taguatinga (foto em destaque). O trabalho, no entanto, é contínuo. A responsável pelo projeto busca auxiliar pessoas que estão passando por dificuldades no decorrer da crise provocada pelo novo vírus.
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O objetivo principal é apoiar mães em situação vulnerável a conquistar sua independência. “Queria fazer algo pela mulherada e, com isso, começamos o projeto Tiffany [em homenagem à marca de joias]. Porque qualquer mulher, se for trabalhada, pode virar uma Tiffany”, explica Liliane.
O projeto teve início antes da pandemia. Primeiro, com a venda e a customização de laços para cabelo, depois, com uma bicicleta customizada, até surgir a ideia da Kombi, que também é utilizada para recolher os donativos e distribuí-los.
“O projeto ainda é novo, mas funciona assim: eu empresto um valor em mercadoria para as mulheres, que, por sua vez, vão tentar revender os produtos e ter seu próprio ganho. Não cobro juros, apenas que elas tenham iniciativa. Assim, essas mulheres vítimas de violência e as demais envolvidas podem conseguir alcançar independência financeira mesmo durante a crise, além de desenvolver a autoestima”, destaca a bancária.
O isolamento social estabelecido por causa da pandemia do novo coronavírus impôs ajustes à proposta, restringindo várias atividades do grupo. Entretanto, quem quiser ajudar oferecendo a essas mulheres cursos de capacitação, ou qualquer outro auxílio, pode entrar em contato com Liliane diretamente pelo link.