Brasília tem rastro de destruição deixado após atos de bolsonaristas
Funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) passaram parte da manhã limpando estragos deixados após atos de vandalismo nessa 2ª feira
atualizado
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A manhã de terça-feira (13/12) na capital federal revelou os rastros de destruição deixados pelos atos de vandalismo praticados por grupos bolsonaristas na noite anterior. Os ataques na área central de Brasília fizeram parte da série protestos que se seguiram à prisão do indígena conhecido como Cacique Tserere.
Na W5 Norte, funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) lavaram o asfalto para tirar restos de borracha queimada. As equipes também recolheram pedras e estilhaços de vidros lançados contra a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).
O posto de gasolina onde um carro foi incendiado, no Setor Hoteleiro Norte (SHN), teve parte da estrutura do teto danificada, após bolsonaristas atearem fogo ao carro estacionado no local. Funcionários afirmaram que o calor das chamas fez parte da estrutura ceder.
Um loja de móveis na W3 Norte teve a fachada de vidro destruída, depois que os manifestantes jogaram pedras nas janelas e na porta do estabelecimento. O estacionamento de um hotel na região também amanheceu com marcas de fogo no chão, depois de um carro ser queimado no local.
Incêndios
Em balanço divulgado na madrugada desta terça-feira (13/12), o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) fez um balanço dos atendimentos na ocasião. O quebra-quebra seria supostamente motivado, segundo alguns bolsonaristas, pela prisão do líder indígena e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) Cacique Tserere.
O CBMDF contabilizou oito veículos danificados, cinco deles eram ônibus — dos quais quatro ficaram totalmente queimados. O primeiro chamado de atendimento ocorreu por volta das 20h30, com informações sobre um incêndio em prédio na Quadra 2 do Setor Hoteleiro Norte (SHN).
Quando chegaram ao endereço informado, os bombeiros encontraram um ônibus queimado, “que foi seguido por vários por outros incêndios em veículos”, todos em um raio aproximado de 1km, segundo a corporação.
“A manifestação foi revolta e ocasionou danos ao patrimônio público e privado. A corporação ficou muito limitada em sua área de atuação, pois, em razão da violência da manifestação, o perigo as guarnições de bombeiros era real”, acrescentou o Corpo de Bombeiros, em nota.