Brasília tem segurança reforçada com chegada de bolsonaristas extremistas
Proximidade de extremistas na Esplanada dos Ministérios fez com que forças de segurança fossem deslocadas por toda região
atualizado
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Brasília amanheceu neste domingo (8/1) com policiamento reforçado. O maior fluxo de forças de segurança se encontra nas proximidades da Esplanada dos Ministérios, onde está prevista uma manifestação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Tropas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e membros da Força Nacional de Segurança guardam o local, em caso da presença de extremistas.
Um novo grupo de manifestantes bolsonaristas chegou ao Quartel General do Exército de Brasília neste domingo. Em pequenos grupos e duplas, os descontentes com o presidente petista estão descendo para a Esplanada. Há, ainda, uma concentração de pessoas perto do Ministério da Saúde e do Itamaraty.
A Esplanada dos Ministérios foi isolada já na manhã de sábado (7/1). A via S1 se encontra fechada a partir da Rodoviária. A N1, interditada da L4 Norte até o Teatro Nacional. A via S2, na altura do Congresso e que faz ligação com o Supremo Tribunal Federal (STF), continua fechada. O fato chama a atenção, pois o trecho não ficada isolado em grande parte das manifestações anteriores.
A N2, ao lado do Palácio da Justiça, também está fechada. O trecho é um dos acessos para o Congresso e o Planalto.
Confira imagens:
Revistas policiais
Policiais fazem revista em bolsas e mochilas em alguns pontos de acesso à Esplanada. A passagem de protestantes está permitida apenas até as bandeiras do Congresso Nacional. As forças de segurança montaram novas barreiras nas vias de acesso pelos anexos dos ministérios para o Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso.
Carros do Departamento Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) também se encontram mobilizados.
Caravanas no QG
Perto do QG do Exército, caravanas desembarcaram próximos à Igreja Rainha da Paz. Grande parte dos manifestantes chegou com mochilas e equipamentos para acampamento. Desde sábado (7/1), eles começaram a se amontoar na capital brasileira, não só em frente ao QG, mas em regiões administrativas, como Sobradinho.
Pela manhã, o movimento no QG do Exército foi intenso, com a presença de muitos ambulantes vendendo bandeiras, roupas, comida, cadeira de praia e capa de chuva.
Convite para as manifestações
Ao longo da última semana, bolsonaristas convocaram um ato na capital da República, só que sem aval da Segurança Pública do DF. De qualquer forma, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse no sábado (7/1) à coluna Grande Angular, que as manifestações estão liberadas desde que ocorram de maneira “pacífica”.
Neste domingo (8/1), o ministro da Justiça, Flávio Dino, escreveu, em seu perfil no Twitter, esperar que não ocorram atos violentos, para que a polícia não precise agir.
Ontem conversei com governadores, inclusive que não são do nosso campo político. Queremos que a LEI prevaleça e não haja crimes. Estou em Brasília, espero que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar. “Tomada do Poder” pode ocorrer só em 2026, em nova eleição.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) January 8, 2023
Defesa, GDF e policiais acionados
No sábado (8/1), Dino já havia publicado que não permitiria a realização de uma “guerra”.
O ex-governador do Maranhão ainda afirmou que já entrou em contato com o ministro da Defesa, José Múcio, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Além dos diretores-gerais da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues e, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira.
Sobre uma suposta “guerra” que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à PF e PRF. E conversei com o governador Ibaneis e o ministro Múcio.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) January 7, 2023