Brasília é a 2ª capital com mais dias sem chuva. Confira o ranking
Há 147 dias sem chuva, e durante a pior seca em 60 anos, Brasília é a segunda capital com mais dias de estiagem
atualizado
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Há 147 dias de seca e sem previsão para o fim da estiagem no Distrito Federal, o pior cenário dos últimos 60 anos, Brasília é a segunda capital do país com mais dias sem chuva.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital federal perde apenas para a capital mineira, Belo Horizonte (MG), que completou nesta terça-feira (17/9) 151 dias sem precipitações.
O ranking é seguido por outras duas capitais do Centro-Oeste: Goiânia (GO), com 145 dias sem chuvas; e Cuiabá (MT), com 122 dias.
Confira o top 10:
- Belo Horizonte (MG) – 151 dias;
- Brasília (DF) – 147 dias;
- Goiânia (GO) – 145 dias;
- Cuiabá (MT) – 122 dias;
- Palmas (TO) – 120 dias;
- Teresina (PI) – 57 dias;
- São Luís (MA) – 48 dias;
- Fortaleza (CE) – 26 dias;
- Manaus (AM) – 10 dias;
- Macapá (AP) – 8 dias.
Pior seca dos últimos 60 anos
O Distrito Federal atinge, na quarta-feira (18/9), 148 dias sem chuvas. Com isso, o período será o de maior estiagem das últimas seis décadas em Brasília. Só houve uma seca com intervalo de tempo maior na história da capital, sendo registrada em 1963, quando foram 163 dias sem chuva.
Segundo o meteorologista Heráclio Alves, embora o final de setembro possa trazer um aumento na umidade relativa do ar e da nebulosidade, com a possibilidade de precipitações isoladas em pontos específicos do DF, ainda não é possível prever o fim do período da seca.
“O período do fim de setembro, início de outubro é considerado um período de transição – característico da Primavera, que começa a partir do dia 22 -, mas ainda não podemos prever que esse período traga o fim do período de estiagens no DF”, explica o especialista do Inmet.
Para esta terça-feira (17/9), há previsão de dia ensolarado, com névoa seca e poucas nuvens. A temperatura máxima pode atingir 35°C no período mais quente do dia, enquanto a umidade relativa do ar deve ficar entre 15% e 80%. Além disso, o DF está sob alerta amarelo, de perigo potencial, devido à baixa umidade.
Cenário preocupante para a saúde
Ao Metrópoles, o coordenador geral da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabile, afirmou que “[o governo federal] nunca enfrentou um cenário tão preocupante [devido à seca intensa e às queimadas que lotam o céu do DF de fumaça e fuligem]”.
“[O período pelo qual passa o DF e outros estados do país] traz consequências gravíssimas não só à saúde da vida humana e animal, mas ambientais e econômicas, pois afetam o acesso da população à água e comida. [Por isso] nós estamos intensificando os esforços, já nos planejando para um prolongamento da estiagem no Centro-Oeste”, explicou o representante do Ministério da Saúde.
Stabile informou ainda que o governo federal, através de um gabinete de ação multiministerial, tem mantido conversas com os governos dos estados e do DF, considerando o aumento de atendimentos em hospitais por náuseas e vômitos. A pasta, no entanto, nega que haja um possível colapso da rede pública de saúde.
Confira as recomendações para evitar riscos à saúde:
- Aumentar a ingestão de água e líquidos;
- Reduzir ao máximo o tempo de exposição à fumaça e, se possível, permanecer em locais fechados;
- Manter portas e janelas fechadas, especialemente durante horários com elevadas concentrações de fumaça;
- Manter o ambiente umidificado e/ou, se possível, com purificadores de ar ligados;
- Usar máscaras do tipo PFF2, PFF3, N95 ou P100 em ambientes externos;
- Evitar atividades física em áreas abertas.
