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Brasília concorre ao título de Cidade Criativa, concedido pela Unesco

Candidatura visa mostrar que a capital federal é nascida do design, área em que concorre, e tem potencial para ser referência no turismo

atualizado

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Toninho Tavares/Agência Brasília
brasília criativa
1 de 1 brasília criativa - Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Brasília lançou sua candidatura à Rede de Cidades Criativas, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A cidade concorre no design, uma das sete áreas temáticas, pelo desenho do Plano Piloto, pela atuação dos profissionais que aqui atuam e pelas políticas públicas do governo local.

O pleito vem no mesmo ano em que o Plano Piloto de Brasília completa 30 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade e tem o objetivo de mostrar a vocação da capital da República, projetada e nascida do design.

Com isso, a ideia é transformar a capital federal em destino atraente e competitivo do turismo criativo. Uma das principais consequências é o fomento da economia criativa, com soluções modernas e sustentáveis.

Caso a candidatura seja aprovada pela Unesco, Brasília terá acesso a um intercâmbio de projetos com outras cidades do design. A lista inclui mais de 20 lugares no mundo, entre elas Curitiba (PR), Buenos Aires (Argentina) e Xangai (China).

O GDF deve entregar até 16 de junho o documento para a Unesco, que tem seis meses para julgar o pleito. O reconhecimento por parte da organização internacional é objetivo do Plano de Turismo Criativo de Brasília.

Designers
O turismo criativo vai além da visita guiada e protocolar nos pontos tradicionais das cidades. É, na visão de profissionais do ramo, fazer o destino ser mais atrativo.

“A base é sair do turismo contemplativo”, definiu a co-fundadora do Experimente Brasília, Tatiana Petra, de 40 anos. “Ele engaja moradores e empreendimentos locais a ir além do óbvio e revelar a alma da cidade por meio de experiências e produtos.”

O empreendimento, na 215 Norte, trabalha com design de destinos. Uma ação de destaque é o Mapa Afetivo de Brasília, com a proposta “explore a cidade como um local”. Além dos tradicionais monumentos tombados, o mapa lista lugares frequentados por brasilienses, como cafés, bares e restaurantes.

Entre outros produtos e serviços, a loja ainda oferece a bike tour, um passeio pela cidade na Nuvem, bicicleta tipicamente brasiliense, e camisetas com frases sobre Brasília, como a de Lucio Costa, “o céu é o mar de Brasília”. “Isso é mostrar Brasília além da Praça dos Três Poderes”, definiu Tatiana.

Toninho Tavares/Agência Brasília
Tatiana Petra defende o turismo criativo

 

Metas
O Plano de Turismo Criativo de Brasília foi lançado em novembro de 2016, fruto de parceria entre a Secretaria Adjunta do Turismo, vinculada à Secretaria do Esporte, Turismo e Lazer, e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Sebrae-DF).

O intuito é atrair mais visitantes e fazer com que fiquem aqui por mais tempo ao promover a cidade como destino turístico reconhecido pela excelência na qualidade de vida e pelos diferenciais associados à diversidade cultural, criatividade, arquitetura moderna, mobilidade e acessibilidade.

“O Plano do Turismo Criativo de Brasília coloca a criatividade como eixo central da promoção e do posicionamento da cidade como destino turístico”, disse o secretário adjunto do Turismo, Jaime Recena. “O turista hoje tem tudo na palma da mão, no celular, e não quer mais apenas contemplar, mas ter uma experiência de como a cidade realmente funciona.”

Outras metas além da candidatura incluem captação de eventos a partir de projetos colaborativos, implementação do Brasília Cinematográfica — transformar a cidade em referência nacional para set de locações de filmes —, e a revitalização da Torre de TV.

Tendência do mercado mundial, o turismo criativo confunde-se com o design em algumas políticas públicas no DF. Um exemplo dado na argumentação para a candidatura é o Plano Orla Livre, de recuperação de área pública às margens do Lago Paranoá, que retoma a escala bucólica de Brasília e entrega o espaço à população.

“É um acesso livre a um local importante no projeto urbanístico de Brasília, antes tomado apenas por quem privatizava o espaço. É uma reconfiguração da cidade, um design de política pública por excelência”, explicou a subsecretária de Produtos e Políticas de Turismo da Secretaria Adjunta de Turismo, da Secretaria do Esporte Turismo e Lazer, Caetana Franarin.

Outro projeto do governo de Brasília que Caetana destacou é o fechamento do Lixão da Estrutural e o reposicionamento dos resíduos para o Aterro Sanitário de Brasília. Segundo ela, essa mudança traz sustentabilidade para o DF.

Rede
Criada pela Unesco em 2004, a Rede de Cidades Criativas tem como objetivo desenvolver cooperação internacional entre cidades que enxergam a criatividade como fator estratégico para o desenvolvimento urbano sustentável, a inclusão social e o aumento da influência da cultura no mundo.

Cento e dezesseis cidades, de 54 países, fazem parte da Rede de Cidades Criativas. São sete áreas temáticas: artesanato e artes folclóricas, design, filme, gastronomia, literatura, artes midiáticas e música.

A cada dois anos são abertas novas candidaturas. Brasília entrou com um pleito em 2015 na área da música, no início da gestão e com pouco tempo para desenvolver um projeto. Não foi aceito.

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