Brasília amanhece sob um dos maiores esquemas de segurança da história
Forças de segurança da capital federal estão mobilizadas para acompanhar a posse de Lula (PT) neste domingo (1º/1)
atualizado
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Neste domingo (1º/1), o Distrito Federal amanheceu sob um dos maiores esquemas de proteção da história da capital federal. O governador Ibaneis Rocha (MDB) mobilizou 100% das forças de segurança para acompanhar o evento da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Polícia Militar do DF (PMDF), por exemplo, irá disponibilizar todo o efetivo da corporação. Todos os militares da ativa, prestadores de serviço e servidores civis comissionados que atuam no expediente administrativo deverão estar mobilizados.
Em relação à Polícia Federal (PF), mais de mil policiais capacitados na área de segurança dignitários, inteligência, entre outros, vão atuar na posse do petista.
Unidades especializadas da Polícia Civil (PCDF), como os grupos aéreos, policiamento com cães e operações especiais estarão disponíveis para prestar apoio, caso necessário. Os prédios públicos contarão, ainda, com segurança própria.
O Ministério da Justiça autorizou a utilização da Força Nacional até 2 de janeiro, como apoio à posse de Lula.
Por questões de segurança, no acesso à Praça dos Três Poderes haverá revista. A entrada do público será até as 12h30 – ou antes, caso a capacidade atinja a quantidade máxima de 40 mil espectadores. A expectativa de participantes no evento é de 300 mil pessoas.
Vias
O Departamento de Trânsito (Detran-DF) também mobilizou 100% do efetivo. Segundo o órgão, a maior parte estará nos eventos da posse, mas também haverá equipes nas regiões administrativas do DF, não apenas na região central.
O acesso de pedestres será apenas pela via N1. Quem tentar chegar à Esplanada pela Via S1 ou pelas escadarias dos ministérios será impedido.
Clima de tensão
O esquema de segurança foi montado após os casos de vandalismo e tentativa de atentado que ocorreram no DF às vésperas da posse. Em 12 de dezembro, o centro da capital federal transformou-se em um verdadeiro cenário de guerra, com carros e ônibus incendiados, explosões, tiros, bombas e um rastro de destruição.
Os protestos ocorreram no mesmo dia da diplomação de Lula, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e começaram após a prisão do cacique bolsonarista José Acácio Tserere Xavante, acusado de promover atos antidemocráticos. Revoltados, os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir a sede da Polícia Federal.
O saldo negativo também contabilizou a depredação de nove hotéis, uma delegacia e um posto de gasolina. Por esses ataques, pelo menos quatro pessoas foram presas.
Bolsonarista preso com arsenal queria caos, diz delegado-geral da PCDF
Já na véspera de Natal, a PM desativou uma bomba que estava em um caminhão-tanque carregado com combustível de aviação próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. O bolsonarista George Washignton de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso horas depois, suspeito de ser o responsável pela tentativa de atentado.