Preço do botijão de gás no DF pode chegar a R$ 150, diz sindicato
Segundo o Sindvargas, o repasse da alta do petróleo, ocasionado pelo conflito na Ucrância, pode chegar em uma semana no DF
atualizado
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Em meio a incertezas sobre a aplicação ou não de repasses de possíveis aumentos nos valores de combustíveis da Petrobras, o preço do botijão de gás pode ter novo reajuste atingir o valor de R$ 150 no DF. A informação foi divulgada pelo Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo do Distrito Federal (Sindvargas-DF) ao Metrópoles nesta quarta-feira (9/3).
Em âmbito federal, o governo avalia a criação de um novo programa de subsídio aos combustíveis, com validade de três a seis meses, para compensar a alta do barril internacional do petróleo decorrente da invasão russa à Ucrânia. A Petrobras fez o último reajuste do preço do gás de cozinha ─ de 7,19% nas refinarias ─ em outubro do ano passado.
Segundo o Sindivargas, o principal motivo para o possível repasse é o aumento do preço do barril do petróleo ocasionado pelo conflito na Ucrânia ─ que já dura 14 dias.
“De acordo com a política de preços da Petrobras, já existe uma variação negativa em torno de 20%. Ainda não foi anunciado o novo repasse [da Petrobras]. Estamos aguardando o reajuste a qualquer momento, mas deve ocorrer dentro de uma semana”, revela o vice-presidente do Sindvargas, Sérgio Costa.
Ainda de acordo com representante do sindicato, o preço do botijão de gás no DF varia entre R$ 95 e R$ 125. Ao aplicar-se um reajuste de 20% ao maior preço comercializado nas revendas, o valor saltaria para R$ 150. O preço final é estipulado de acordo com os custos operacionais de entrega do produto ao consumidor.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, o valor máximo do botijão da gás comercializado no DF, entre 27 de fevereiro e 5 de março deste ano, é de R$ 100.
Disparada dos preços do combustível
Na reunião ministerial comandada por Bolsonaro, nesta quarta-feira (9/3), participaram os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), além de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
No início da semana, o presidente da República disse que o país tem alternativa para contornar a questão “de forma bastante responsável” e sem gerar “sobressalto” ao mercado.
Já no DF, o Sindicato dos Combustíveis (Sindicombustíveis-DF) prevê a possibilidade de aumento de pelo menos R$ 0,70 no litro da gasolina nos próximos dias.
A razão da disparada dos valores nas bombas também é consequência dos conflito entre Ucrânia e Rússia. Em 1º de março, a defasagem de preço da Petrobras para o mercado internacional foi de R$ 0,73 no caso da gasolina e de R$ 0,69 no do óleo diesel.