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Bombeiros apoiam caça a Lázaro Barbosa com drones de última geração

Equipamentos contam com câmera térmica, farol de busca, luz beacon (usada para melhor visualização), além de alto-falantes para dar alertas

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Drones do CBMDF ajudam nas buscas a Lázaro Barbosa
1 de 1 Drones do CBMDF ajudam nas buscas a Lázaro Barbosa - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) presta apoio à caçada por Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, nesta segunda-feira (14/6). A corporação está usando drones de última geração para auxiliar no reconhecimento do terreno e na localização do foragido, que matou quatro pessoas de uma mesma família no DF, atirou em outras três e espalha uma onda de terror durante a sua fuga.

As polícias do DF e de Goiás realizam um cerco, com base em Edilândia (GO), Entorno do DF, para capturar o criminoso. As buscas ao foragido já duram seis dias.

Os equipamentos contam com câmera térmica, farol de busca, luz beacon (usada para melhor visualização), além de alto-falantes que podem ser usados para alertas. Eles chegaram à corporação no início deste ano.

Com a câmera térmica, é possível localizar mais facilmente uma pessoa no período noturno, pois há diferença da temperatura dela para a do ambiente, e o drone aponta.

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No fim de semana, uma equipe da Polícia Militar chegou a se deparar com o foragido, mas ele trocou tiros com os militares e fugiu para o mato. Agora, os investigadores contam com novas pistas para fechar o cerco contra o assassino em série.

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, classificou Lázaro como um “psicopata”. “Ele, além de ser psicopata, é da região. É o que nós chamamos de ‘mateiro’, acostumado a se emburacar no mato. Ele deve ter outra motivação psicótica. Está muito focado em seguir na trajetória criminosa. Mas vamos chegar até ele”, disse Miranda.

Veja a cronologia do crime:

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Diferenciado

Um policial ouvido pelo Metrópoles afirmou que Lázaro é um criminoso “diferenciado”. “Ele se esconde no mato. O mato é o ambiente dele. Já trabalhou em Goiás e conhece bem a mata. Funciona sempre no mesmo modus operandi, vai para o mato e, eventualmente, vem à cidade se reabastecer. O cerco no matagal envolve um planejamento complexo e com forte auxílio de cães farejadores”, disse.

Nesse domingo, as corporações divulgaram imagens aéreas da atuação do grupo de busca. As forças policiais estavam espalhadas em pontos estratégicos da região e ocuparam 17 fazendas, mobilizando 200 pessoas para as buscas.

A população de Edilândia (GO) está apavorada com a possibilidade de Lázaro não ser capturado pela força-tarefa. Ao Metrópoles, moradores da região afirmaram que as chácaras estão praticamente vazias. Os chacareiros e trabalhadores estão deixando os locais por medo de uma possível invasão, já que o foragido é acostumado e conhece bem a região e estaria escondido na mata. Ele chegou a entrar em residências entre o sábado e a madrugada desta segunda-feira.

“Estamos vivendo momentos de terror e pânico. Apavorados. A polícia está mobilizada, mas não consegue prender esse homem. Enquanto isso, ele faz um estrago. Desde quinta (10) que ninguém da região sai de casa após as 18h. Estamos aguardando que ele seja preso ainda hoje. Caso não o capturem, eu não volto para a chácara onde moro”, disse Raquel Daniele Farias, 32, atendente de uma LAN house em Edilândia, que mora próximo ao município de Girassol, em uma área rural.

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Ele era procurado por uma força-tarefa
Carro incendiado por Lázaro em um dos assaltos
O maníaco morreu após entrar em confronto com a PMGO
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Lázaro fugiu pela mata por 20 dias

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Carro incendiado por Lázaro em um dos assaltos

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O maníaco morreu após entrar em confronto com a PMGO

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Corpo

Lázaro é suspeito de matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O crime ocorreu na madrugada do dia 8/6.

O corpo dela foi encontrado nesse sábado, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.

Torturada, mutilada e possivelmente estuprada. A morte de Cleonice reflete a crueldade de Lázaro Barbosa de Sousa, 32. O criminoso, autor da chacina que ainda tirou a vida do marido e dos dois filhos da mulher, permanece foragido há seis dias. Caçado por uma coalização de forças policiais, o maníaco arrancou uma das orelhas e executou Cleonice com um tiro na nuca.

Desde então, Lázaro vem entrando e saindo de propriedades, fazendo novas vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele invadiu outras duas propriedades. Obrigou os chacareiros a cozinharem para ele e a, até, fumarem maconha com ele. Sempre agressivo, chegou a roubar um carro e incendiar, próximo a Cocalzinho.

No sábado (12), ele invadiu a fazenda da família de um soldado do 8⁰ BPM, próximo à Lagoa Samuel. Ele fez o caseiro refém, quebrou tudo, bebeu e fumou maconha. Também obrigou o funcionário a consumir a droga.

Segundo a corporação, o soldado chegou à propriedade, no início da noite, foi até a cancela e, provavelmente, ao abri-la, o homem fugiu, levando o caseiro como refém.

O criminoso seguiu para a fazenda ao lado, a cerca de 700 m, e baleou três homens. Havia no local uma mulher e uma criança. Testemunhas informaram que o suspeito da chacina colocaria fogo na casa e não o fez por causa das vítimas.

Chacina

A chacina chocou o Distrito Federal. Os corpos dos familiares assassinados estavam em um quarto – um deles sobre a cama e dois no chão. As vítimas foram encontradas com marcas de tiro e facadas.

Cleonice conseguiu ligar para a família pedindo socorro ao ver que a porta da casa estava sendo arrombada. Eles chegaram rapidamente ao local, 10 minutos depois. No entanto, Cleonice havia sido levada.

Antes de morrer, Cláudio disse ao cunhado que a esposa havia sido levada por quem invadiu a casa deles: “Age rápido, porque levaram a Cleonice”. A polícia informou que os celulares das vítimas estavam em casa. Porções de dinheiro também foram encontradas.

Veja fotos da operação de hoje, em Goiás:

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Coronel da PMDF Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações

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Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás

Arthur Menescal/ especial para o Metrópoles

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