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Bombeiros do DF que foram ao RS voltam para casa: “Choramos juntos”

Parentes esperavam ansiosamente pelos militares do CBMDF. Muitos não contiveram as lágrimas quando os integrantes da equipe desembarcaram

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Brasília (DF) 21/05/24 Equipe humanitária do Corpo de Bombeiros do DF que atuou no Rio Grande do Sul chega ao Grupamento de Busca e Salvamento do CBMDF. Os militares retornaram à Brasília após quase 20 dias na "Missão Humanitária Alagamento Rio Grande do Sul", na qual atuaram na busca, salvamento e resgate de vítimas das enchentes no estado.
1 de 1 Brasília (DF) 21/05/24 Equipe humanitária do Corpo de Bombeiros do DF que atuou no Rio Grande do Sul chega ao Grupamento de Busca e Salvamento do CBMDF. Os militares retornaram à Brasília após quase 20 dias na "Missão Humanitária Alagamento Rio Grande do Sul", na qual atuaram na busca, salvamento e resgate de vítimas das enchentes no estado. - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

Os militares do Corpo de Bombeiros do DF que foram convocados para ajudar nas operações de buscas e resgates no Rio Grande do Sul foram recebidos por integrantes da corporação e familiares no Grupamento de Busca e Salvamento do CBMDF, na tarde desta terça-feira (21/5).

Os parentes esperavam ansiosamente pela equipe, e muitos não contiveram as lágrimas quando os integrantes desembarcaram, por volta das 15h. A emoção tomou conta da base militar.

Confira como foi a chegada dos militares: 

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O tenente Udiberlei conta que a corporação saiu de Brasília em 3 de maio. Ao chegar ao local, encontrou a dura realidade em que os gaúchos estão vivendo, em decorrência das enchentes que atingem o estado há praticamente um mês. “A devastação total das cidades e as pessoas soterradas foram um choque de realidade para mim e para a equipe. Logo nos primeiros dias, tiramos diversas pessoas do soterramento, e o frio foi um agravante que nos trouxe muita dificuldade”, relatou o tenente.

O sargento Wedsney e o subtenente P. Nascimento compartilharam a experiência de salvar idosos nas regiões de São Leopoldo e Bento Gonçalves e disseram que a união do povo do Sul irá marcar para sempre a vida deles.

“Chegamos primeiro em São Leopoldo e a equipe se dividiu para Bento Gonçalves após alguns dias. Antes da divisão, logo que chegamos, salvamos uma senhora que estava em uma cadeira de rodas e era cega. Ela estava quase se afogando e não podia contar com a ajuda das outras duas irmãs por uma também ser cega e a outra andar de muletas. Mas graças a Deus salvamos elas dessas condições”, disse o subtenente.

Os bombeiros detalharam casos, como o de um homem, por volta dos 70 anos, que foi visto navegando em cima de um isopor. O idoso corria sério risco de hipotermia, mas contou aos militares que não desistiria, até poder ver como estava a sua casa.

“Nossa equipe o ajudou a encontrar sua residência, que estava completamente inundada, e o homem não conteve as lágrimas. Nesse momento, nós também não seguramos e choramos juntos com ele”, completou Wedsney.

Segundo os militares, além da chuva e da lama, tanto a equipe de resgate quanto os moradores corriam o risco de contrair doenças, como a leptospirose.

O primeiro-sargento Franklin Amorim atuou nas regiões montanhosas de Bento Ribeiro e descreveu que o acesso era o principal desafio para a equipe. “Chegamos no auge do acontecido, um lugar muito montanhoso e com muitas pedras. É uma catástrofe com bastante áreas com risco. Muitas vilas foram completamente devastadas devido ao deslizamento”, disse Franklin.

Após a missão, o sargento compartilhou o sentimento de poder voltar para Brasília e rever sua família. “É sempre muito importante ser recebido por quem a gente ama. A gente fica cada vez mais motivado. De inúmeras missões que eu fiz, em 30 anos, nosso país é o mais unido nas dificuldades. Então é esse o legado que a gente deixa, um trabalho que fazemos com muita responsabilidade”, finalizou.

A tenente-coronel e comandante da equipe, Paula, e o sargento Renan contaram em detalhes como foi a chegada da corporação ao Rio Grande do Sul.

Veja:

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