Bombeiro do DF sai de grupo do WhatsApp e se torna alvo de sindicância
Para o comando da corporação, o terceiro-sargento é suspeito de tomar “atitude inconveniente e desrespeitosa com superior hierárquico”
atualizado
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Um bombeiro militar do Distrito Federal virou alvo de sindicância da corporação após excluir um número particular do grupo de WhatsApp do grupamento no qual está lotado.
Segundo o relato da sindicância, o militar – que é terceiro-sargento do 1º Grupamento de Bombeiro Militar, no Setor de Garagens e Manutenção Norte – teria deixado o canal de comunicação do qual fazem partes outros 117 bombeiros.
O grupo teria sido criado para, conforme o texto, evitar transtornos à rotina da corporação com a apuração e conferência dos telefones ativos de todos os militares.
O praça, contudo, alegou que havia saído do canal pois seu número adicionado era o telefone pessoal e que havia outro contato cadastrado na Secretaria de Segurança Pública do DF.
A justificativa não convenceu os comandantes do grupamento e incomodou os superiores: “Não é a primeira vez que porta-se de maneira inconveniente ou sem compostura, deixando de cumprir determinação escrita ou verbal e desconsiderando autoridade constituída”, defendeu o subcomandante no relato.
“Atitudes reprováveis”
Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) confirmou o fato e disse ter aberto sindicância para apurar a postura do militar.
A corporação afirma que a participação no grupo facilita o trabalho de socorro do grupamento. “Houve dificuldade da gestão do grupamento em acionar o terceiro-sargento, por meio de plano de chamada. O CBMDF possui plano de chamada para situações que excedam a capacidade de resposta às demandas de socorro, sendo necessária a força de trabalho de militares que estejam folgando”, explicou a nota.
Ainda conforme o CBMDF, o sargento é suspeito de “atitude inconveniente e desrespeitosa com superior hierárquico”.
“Tais atitudes são reprováveis dentro do ambiente militar e caracterizam transgressões disciplinares previstas em regulamento próprio”.
Os bombeiros descartam futuras punições. “Está sendo realizada uma apuração preliminar que se trata de procedimento administrativo de natureza elucidativa, não tendo, esta etapa, viés punitivo”, finaliza a corporação.