Bomba no aeroporto: AGU cobra R$ 15 milhões de bolsonaristas presos
Três bolsonaristas condenados pela tentativa de ataque a bomba no aeroporto do DF são alvo de ação civil da AGU que cobra R$ 15 milhões
atualizado
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Os três bolsonaristas presos e condenados pela tentativa de ataque a bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022, podem ter que pagar uma indenização de R$ 15 milhões. Isso porque a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma ação civil pública na Justiça Federal do Distrito Federal contra o trio.
A ação, protocolada nesta quinta-feira (23/11), pede o pagamento pelo “dano moral coletivo causado pela ofensa à democracia e à segurança aeroportuária”. Os alvos do processo são Wellington Macedo de Souza, George Washington de Oliveira Souza e Alan Diego dos Santos Rodrigues, que estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda.
Segundo entendimento da AGU, além de colocar em risco a vida, a integridade física e o patrimônio de terceiros, os três bolsonaristas “agiram com o objetivo de causar tamanha comoção social que desencadeasse a decretação de estado de sítio e intervenção militar, de modo a impedir o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de assumir o cargo”.
A AGU destaca que a atitude criminosa dos três afronta um valor fundamental da sociedade brasileira, que é a própria democracia. “A ação visa dar concretude a evidências reunidas no relatório da CPMI do 8 de janeiro e consolidar uma cultura institucional de democracia defensiva no Brasil”, assinala o procurador-geral da União, Marcelo Eugênio Feitosa Almeida.
Wellington Macedo, George Washington e Alan Diego também constam no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional como indiciados, ou seja, os parlamentares também viram nos já condenados provas de crimes.
Relembre o caso
Na véspera do Natal de 2022, equipes da Polícia Militar (PMDF) e do Corpo de Bombeiros (CBMDF), com apoio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil (PCDF), se mobilizaram em área próxima ao Aeroporto de Brasília para desarmar uma bomba com potencial de provocar sérios danos à região ou “uma tragédia”, como definiu o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, à época.
A bomba estava acoplada a um caminhão-tanque e só não foi acionada por um erro técnico. A polícia identificou e prendeu o suspeito de tentar explodir o artefato no mesmo dia. O empresário que planejava atentado em Brasília foi identificado como George Washington Oliveira Sousa e tem 54 anos. Logo em seguida, os outros dois nomes foram apontados.