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Bolsonaristas que se recusaram a deixar acampamento no DF reclamam de gás de pimenta

Em vídeo, é possível ver a PM utilizando o produto na ação de retirada de acampamento. Filho do presidente, Eduardo Bolsonaro criticou ação

atualizado

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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
mulher ajoelhada
1 de 1 mulher ajoelhada - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Dois vídeos que circulam nas redes sociais na tarde deste sábado (13/06) mostram a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) usando spray de pimenta durante ação na Esplanada dos Ministérios, onde o grupo “300 do Brasil” estava reunido em frente ao Ministério da Justiça.

Em uma das gravações, feita por um dos integrantes de outro acampamento, intitulado QG Rural, o autor das filmagens diz: “Um cidadão de bem, a pessoa que protege a polícia, que toda vez que um policial morre é a gente que defende. Aí o cara chega com um spray de pimenta e olha o que ele faz.”

Nas imagens, é possível ver uma mulher que, diante da ação policial, se ajoelha, em frente aos militares. Ela, que não teve a identidade revelada, pede que eles parem de borrifar o produto em quatro homens que estão sentados e não revidam as agressões. Ainda na filmagem, os homens começam a rezar a oração do Pai Nosso.

Em um segundo registro, um homem identificado como Elano Holanda de Almeida recebe atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Quem faz o vídeo não se identifica, mas diz que o “idoso”, como ele mesmo se refere ao paciente, passou mal devido ao produto utilizado pela PMDF.

“Nós estamos na frente do Ministério da Agricultura há 40 dias e já tivemos inclusive a visita da ministra Teresa Cristina. Nunca tivemos problemas com a polícia”, reclamou Emerson de Arruda e Silvam um dos integrantes do grupo QG Rural

Assista ao vídeo na íntegra:

À tarde, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL) postou o vídeo no Twitter e criticou a ação.

Veja:

 

Ao Metrópoles, a PMDF disse, por meio de nota, que a corporação fez uso do spray de pimenta após o grupo “apresentar resistência para deixar o local”.

“A Polícia Militar informa que alguns manifestantes apresentaram resistência para deixar o local e se amarraram à estrutura de ferro permanecendo resistentes por horas. Não houve violência, mas sim o uso do spray de pimenta a fim de convencer os manifestantes a liberarem o espaço, evitando assim o confronto físico”, disse a nota.

O Corpo de Bombeiros Militar do DF também foi procurado para saber quantas ocorrências atendeu devido à inalação do gás, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Ação

O governo do Distrito Federal (GDF), atendendo pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), desmontou, neste sábado, o acampamento do grupo “300 do Brasil”, que estava reunido em frente ao Ministério da Justiça. Eles já haviam, inclusive, sido retirados da Esplanada em outra ocasião, mas se reorganizaram.

Pelo Twitter, uma das líderes do movimento, a militante Sara Winter, acusou a Polícia Militar do Distrito Federal e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) de “desmantelar e destruir” o acampamento, agredi-los e usar gás de pimenta — e cobrou reação de Bolsonaro.

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Esplanada dos Ministérios
Sara Winter, uma das líderes do acampamento, discute
Sara Winter levanta os dedos médios, em sinal de ofensa
Apoiadores de Bolsonaro na Esplanada
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Apoiadores de Bolsonaro na Esplanada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Sara Winter, uma das líderes do acampamento, discute

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Sara Winter levanta os dedos médios, em sinal de ofensa

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Apoiadores de Bolsonaro na Esplanada

Hugo Barreto/Metrópoles

“Barracas, geradores, tendas, tudo tomado à força! A militância bolsonarista foi destruída hoje. Presidente, reaja!”, cobrou ela.

Sara também questionou o ato anti-Bolsonaro realizado neste sábado na Esplanada: “Destruíram nosso acampamento e tacaram gás de pimenta na cara de cidadão orando e cantando o hino para passar a merda de uma carreata do PT? É isso mesmo?”.

Militantes dos “300” discutiram com os manifestantes que pediam a saída do governo e a Polícia Militar teve que intervir.

Ao Metrópoles, a Secretaria de Segurança Pública disse que não só é proibido ocupar área pública, como também há um decreto, o 40.509/2020, que impede aglomerações com mais de 100 pessoas em eventos nos quais a autorização prévia do GDF é necessária. A pasta também garantiu que houve tentativa de negociação para a desocupação, mas não houve acordo, e que o desmonte se deu “sem confronto”.

“A Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) esclarece que as forças de segurança atuaram em apoio ao DF Legal para desmontar os acampamentos irregulares, de acordo com a legislação local”, diz a nota.

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