Bolsonaristas pedem “intervenção federal” em frente ao QG do Exército
Com estoque de comida, banheiros químicos e barracas, bolsonaristas prometem permanecer no Quartel General do Exército pelos próximos dias
atualizado
Compartilhar notícia
Cerca de 200 bolsonaristas se reuniram na tarde desta terça-feira (1º/11), em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano, durante o primeiro pronunciamento de Jair Bolsonaro (PL) após o resultado das eleições de domingo (30/10).
Com estoque de comida, banheiros químicos e barracas, alguns dos presentes prometem acampar no local “até que as Forças Armadas façam uma intervenção federal”. O grupo não admite que o país seja governado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de 1º de janeiro de 2023. Militares do Exército protegem as dependências do QG a fim de evitar qualquer tentativa de invasão.
“Não estamos aqui pelo Bolsonaro. Estamos pelo Brasil”, disse uma das manifestantes, enquanto reforçava que o mesmo local receberá um novo ato, marcado para as 9h desta quarta-feira (2/11), feriado de Dia de Finados.
O pronunciamento de Bolsonaro inflamou o público. “Não vamos aceitar o PT governando o país de novo”, disse outro manifestante, que disse ser de Roraima. “Vamos resistir e persistir aqui”. Próximo das 18h, uma bandeira do Brasil foi erguida aos gritos de: “A nossa bandeira jamais será vermelha”.
Esplanada
O evento em frente ao QG do Exército começou a ganhar força após a chamada “maior mobilização da história do Brasil” fracassar. A convocação foi marcada para esta tarde na Esplanada dos Ministérios, mas reuniu apenas 10 pessoas. Elas foram embora ao perceber que eram as únicas presentes no ato.
Quando a chuva parou, por volta de 16h, os 10 presentes se reuniram em frente ao Congresso Nacional.
As forças de segurança chegaram a fechar as proximidades da Câmara e do Senado. Próximo aos ministérios, onde havia acesso livre, apenas a movimentação comum de veículos de um dia útil.