Bolsonaristas cercam carro de homem que fez o “L” durante ato no DF
Grupo de bolsonaristas protesta em frente à Catedral Rainha da Paz, no Eixo Monumental, contra a eleição de Lula para a Presidência do país
atualizado
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Manifestantes contrários ao resultado das urnas, que deu a vitória ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), continuam ocupando a área em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU), na tarde desta quarta-feira (2/11). O grupo bolsonarista tem protestado, também, no Eixo Monumental, na altura da Catedral Rainha da Paz. Três das cinco faixas foram ocupadas.
Durante o ato em frente à catedral, um carro conduzido por um homem que fez o sinal de “L” com uma das mãos – celebrando a vitória de Lula – foi cercado pelo grupo, que desferiu socos e tapas no veículo, impedindo que ele seguisse caminho. Depois de alguns minutos, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) escoltou os apoiadores do presidente eleito até o final do Eixo Monumental.
Com gritos de “Lula ladrão, seu lugar é na prisão” e entoando o Hino Nacional, o grupo carrega faixas pedindo a intervenção federal. Organizadores do evento orientaram os manifestantes a não pedirem intervenção militar, fazendo menção ao Artigo 142 da Constituição Federal, bem como não usarem o nome do candidato derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro (PL). O artigo ao qual fazem menção fala sobre a disciplina a função das Forças Amadas no país e não autoriza Golpe Estado por parte dos militares.
Saiba o que é o artigo 142, e por que ele não autoriza uma intervenção militar
“Sem faixas que digam intervenção militar, nada de golpe, nada de regime. Nós estamos aqui fazendo uma manifestação pacífica”, explicaram aos populares.
“Estamos aqui para fazer com que o Exército, as Forças Armadas cumpram seu papel constitucional segundo juramento que fizeram à bandeira durante a incorporação, que é defender o povo brasileiro e a soberania do Brasil contra qualquer ameaça neste momento. O povo brasileiro está sendo ameaçado pelo comunismo do PT”, completaram.
Confira como foram as orientações em grupos bolsonaristas:
A declaração tem sido usada por brasileiros contrários ao presidente eleito para justificar uma espécie de autorização, ou legitimação constitucional, em que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica atuem como um “poder moderador”, caso sejam convocados para uma “intervenção militar” e para “manter a ordem”. Juristas e ministros, no entanto, condenam tal interpretação.
Saiba o que é o artigo 142, e por que ele não autoriza uma intervenção militar.
Após intervenção militar, acusação de fraude
Os manifestantes ainda cobram da Justiça imediata auditoria na Eleição 2022, já que para eles o pleito presidencial “foi fraudado”. Segundo o público, há provas de que as urnas foram fraudadas, e o material será entregue às autoridades competentes.
“Cobrar que sejam apuradas as denúncias contra as inserções de rádio no Nordeste, onde um dos candidatos foi claramente prejudicado”, argumentam.