Bolsonarista que levou panetones para terroristas é preso pela PF
Além de Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior, outras quatro pessoas acabaram presas durante a primeira fase da Operação Lesa Pátria, da PF
atualizado
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Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior (foto em destaque), o Ramiro dos Caminhoneiros, é um dos detidos na primeira fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (20/1). Além dele, outras quatro pessoas acabaram presas. O objetivo da ação é identificar participantes, financiadores e fomentadores dos atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília. Na ocasião, milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes.
A PF cumpre oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão expedidos pelo STF. A operação ocorre no Distrito Federal e nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Veja detalhes das localidades:
- Distrito Federal: cinco de busca e apreensão e dois de prisões;
- Goiás: um de busca e apreensão;
- São Paulo: sete de busca e apreensão e três prisões;
- Rio de Janeiro: um de busca e apreensão e uma prisão;
- Minas Gerais: um de busca e apreensão e uma prisão;
- Mato Grosso do Sul: um de busca e apreensão e uma prisão.
Ramiro foi líder caminheiro e, nas eleições de 2022, chegou a se candidatar a deputado federal por São Paulo pelo PL, partido de Bolsonaro. Embora acusado de atuar na mobilização dos atos terroristas em Brasília, ele alega que não chegou à cidade a tempo de participar da quebradeira.
Na segunda-feira (9/1), Ramiro esteve na Academia Nacional da Polícia Federal, no Distrito Federal, para “visitar” extremistas presos. Ele gravou um vídeo para as mídias sociais, distribuindo panetones de chocolate aos detidos.
O nome de Ramiro dos Caminhoneiros é frequentemente mencionado em grupos bolsonaristas, associado à arrecadação de recursos e à organização de caravanas de militantes rumo a Brasília.