Um homem foi preso na tarde dessa segunda-feira (16/4) acusado de envolvimento com um esquema criminoso de tráfico e venda de armas no Distrito Federal. Francisco Macedônio de Oliveira Gomes, 43 anos, vulgo Bodão, acabou encarcerado após ir até a 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) para saber informações sobre a Operação Paiol, cuja segunda fase foi deflagrada na semana passada pela Polícia Civil do DF.
De acordo com o delegado Victor Dan, chefe da 23ª DP, quando chegou à unidade, o homem foi surpreendido por um mandado de prisão em aberto contra ele exatamente por suposta participação no esquema desvendado na operação. Um dos principais alvos da investigação é o ex-militar do Exército Brasileiro e ex-policial militar de Goiás Pedro Henrique Freire de Santana, que já está preso.
A suspeita é de que ele conseguia armas e munição das duas instituições com colegas de farda até hoje em serviço, e as revendia ou alugava para bandidos. Bodão, segundo a 23ª DP, adquiria o armamento de Pedro e repassava a menores envolvidos com roubos em todo o DF. Depois, ficava com parte dos produtos levados nos assaltos. O homem tem 18 passagens passagens por furto, receptação e roubos.
No âmbito da segunda fase da Paiol, foi preso também, na última semana, o subtenente da reserva da PM Décio Gonçalves. Na casa dele, em um condomínio localizado na Chácara 241 de Vicente Pires, os policias encontraram 10 mil munições. No local, funcionava uma espécie de loja onde os criminosos compravam o armamento.
Confira imagens da segunda fase da Operação Paiol:
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Suspeito preso na segunda fase da Operação Paiol
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Entre os procurados, estão um policial militar do DF aposentado e dois militares, sendo um da Força Aérea e outro do Exército
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A ação ocorre simultaneamente em Ceilândia, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires, além dos municípios goianos de Anápolis, Aparecida de Goiânia e Jaraguá
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Na residência do PM aposentado Décio Gonçalves, em Vicente Pires, os agentes da 23ª Delegacia de Polícia encontraram 10 mil munições
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Dois dos alvos são agentes penitenciários
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O esquema era alimentado por cerca de 30 pessoas e cada munição, dependendo do calibre, chegava a ser vendida por R$ 10
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Armas e munições apreendidas pelos policiais durante a operação
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Material encontrado durante as buscas e apreensões na Operação Paiol
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As investigações são conduzidas pela 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), em Ceilândia
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Os envolvidos no esquema estariam agindo nos últimos três anos com a venda de armas curtas e de grosso calibre para quadrilhas especializadas
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Um dos principais objetivos das prisões é esclarecer de onde as armas são desviadas
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Material encontrado durante as buscas na manhã desta quinta-feira (12/4)
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Policiais da 23ª DP cumprem os mandados
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De acordo com as apurações, os armamentos eram distribuídos para homicidas, assaltantes e integrantes de organizações criminosas da cidade
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O esquema era alimentado por cerca de 30 pessoas e cada munição, dependendo do calibre, chegava a ser vendida por R$ 10
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Na primeira fase da Paiol, em 7 de março, cerca de 200 policiais cumpriram 32 mandados de prisão, busca e apreensão, além de conduções coercitivas
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As investigações começaram há quatro meses, após um assalto com reféns em uma casa na Ceilândia
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Arma apreendida pelos policiais durante a operação