BMW que matou idoso na noite de Natal estava a 150 km/h, diz laudo
De acordo com o laudo pericial da PCDF, a BMW estava a uma velocidade 150% acima da permitida quando colidiu com o carro de Alexandre Matos
atualizado
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A BMW envolvida no acidente que matou Alexandre Matos, de 79 anos, na noite de Natal de 2023 estava a cerca de 150 km/h. De acordo com o laudo pericial obtido pelo Metrópoles, a alta velocidade do veículo foi determinante para o acidente fatal ocorrido na Quadra 5 do Park Way.
Alexandre (foto abaixo) morreu no local da batida. Ele estava a caminho da casa onde morava com a filha após passar o Natal com parentes.
Ainda segundo o documento desenvolvido pela perícia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a velocidade máxima permitida na via era de 60 km/h. Ou seja, a BMW estava trafegando em uma velocidade 150% acima da permitida.
Os especialistas concluíram que, caso a BMW “estivesse trafegando com velocidade igual ou inferior à máxima da via nos instantes anteriores ao sinistro, o seu condutor teria tempo e espaço para perceber, reagir e imobilizar o veículo antes da colisão”.
O acidente foi registrado por câmeras de segurança da região. Alexandre dirigia o Kia vermelho (foto em destaque). Veja:
No dia do ocorrido, o motorista da BMW, um homem de 61 anos — que não será identificado, por enquanto, pois a PCDF ainda não concluiu o inquérito —, ficou no local e chegou a ser submetido ao teste do bafômetro. O resultado deu negativo.
Em depoimento aos policiais, o condutor afirmou que achou que Alexandre lhe daria preferência. “Como estava na preferencial [o motorista da BMW] acreditou que o referido carro iria parar, entretanto o motorista do veículo avançou e o atravessou na via — na frente do carro do declarante — de forma a causar o acidente”, detalhou em depoimento.
O homem disse ainda que “não teve tempo de acionar o freio”.
Suposto racha
Nas imagens das câmeras de segurança, é possível ver outros carros, dois Ups, na cena. Um deles chega a dar meia-volta após o acidente e sair do local.
À PCDF testemunhas informaram que os dois Ups e a BMW “pareciam estar em um tipo de racha”. Um dos ouvidos disse que viu quando os três carros “depois de passar pelo radar, aceleraram e começaram a ultrapassar os veículos fazendo ziguezague, mudando continuamente de faixa em velocidade alta”.
Outras testemunhas afirmaram que chegaram a comentar entre que o racha “ia dar merda”, por causa da alta velocidade dos carros.
Os motoristas dos Ups também foram identificados e ouvidos. Porém, até o momento, a polícia não informou se considera que eles estariam envolvidos no suposto racha. Em depoimento, todos negaram que a disputa estivesse ocorrendo e informaram não conhecer o motorista da BMW.
Próximos passos
Agora, a Polícia Civil do DF deve encaminhar o relatório e o inquérito ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) para que o órgão apresente ou não denúncia à Justiça.
Procurada, a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) não informou qual é a principal suspeita ou linha de investigação.