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Bloqueio de caminhoneiros trava acesso de moradores do Entorno ao DF

Manifestações de caminhoneiros bolsonaristas provocam congestionamentos e impedem trabalhadores de se deslocarem

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Caminhoneiros fecham rodovias com pneus queimando, após derrota de Bolsonaro, país tem 63 bloqueios em rodovias - Metrópoles
1 de 1 Caminhoneiros fecham rodovias com pneus queimando, após derrota de Bolsonaro, país tem 63 bloqueios em rodovias - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Manifestações de caminhoneiros bolsonaristas em rodovias do Distrito Federal e do Entorno prejudicaram a população que transita entre Brasília e Goiás, principalmente trabalhadores, nessa segunda-feira (31/10). Estradas foram totalmente ou parcialmente fechadas por apoiadores do presidente da República derrotado no último domingo, com queima de pneus e clima hostil.

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A manifestação teve início após a derrota do atual presidente nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Durante os protestos, os manifestantes também dispararam fogos de artifício e incendiaram pneus na via
Em Luziânia, o trânsito está engarrafado por, aproximadamente, 1 km no sentido Cristalina. Na via rumo a Brasília, a paralisação alcança 700 metros
Os manifestantes espalharam blocos de concreto e queimaram pneus na via, para interditar a passagem de veículos
A previsão é de que haja liberação de um dos lados da pista por 15 minutos
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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) bloqueiam, desde a noite desse domingo (30/10), a BR-040, na altura dos kms 19 e 40, próximo aos municípios goianos de Luziânia e Cristalina, respectivamente

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A manifestação teve início após a derrota do atual presidente nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

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Durante os protestos, os manifestantes também dispararam fogos de artifício e incendiaram pneus na via

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Em Luziânia, o trânsito está engarrafado por, aproximadamente, 1 km no sentido Cristalina. Na via rumo a Brasília, a paralisação alcança 700 metros

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Os manifestantes espalharam blocos de concreto e queimaram pneus na via, para interditar a passagem de veículos

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A previsão é de que haja liberação de um dos lados da pista por 15 minutos

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Os apoiadores de Bolsonaro afirmam que pretendem manter o bloqueio por mais duas horas

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Segundo dados de 2020 da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), cerca de 200 mil pessoas da população do Entorno trabalham no DF. Grande parte deles enfrentou problemas. No começo do dia, caminhoneiros bolsonaristas bloqueavam a BR-040, na altura dos kms 19 e 40, próximo aos municípios goianos de Luziânia e Cristalina, respectivamente.

Gabriella Cassimiro, 27 anos, mora em Luziânia e trabalha no SOF Sul, em Brasília, mas precisa do transporte público para chegar ao serviço, que não passou pela parada de ônibus. “Saí de casa às 5h e fiquei esperando. Foi quase meia hora aguardando, até que uma senhora disse que não teria ônibus nenhum por causa das manifestações”, diz.

A jovem está no período de experiência do trabalho, como analista de relacionamento, e não pôde voltar para casa. “Então, mandei mensagem para todo mundo dos grupos de carona de Luziânia e consegui ir ao serviço, mas, como não tinha como voltar, tive que dormir na casa da minha irmã, em Vicente Pires. Amanhã [hoje] é aniversário do meu pai, que é idoso e nunca sabemos quando vai ser a última comemoração, mas não vou conseguir passar com ele”, lamenta.

Amanda Moura, 33, mora no Entorno e não conseguiu trabalhar. “Quando cheguei no Parque Alvorada [Luziânia], já estava tudo bloqueado. Não tinha como passar. Fiz o retorno e voltei para casa. Não dava para chegar na Asa Sul”, conta. Também houve impacto nas viagens interestaduais. Kêmily Barros, 27, é de Planaltina (DF) e ficou “presa” na BR-101, em Imbituba (SC).

“Domingo à noite peguei um ônibus de Itapema para Porto Alegre. Por volta das 2h da manhã, o motorista descobriu que estavam fechando toda a rodovia que dava acesso para o Rio Grande do Sul. Estamos ilhados desde essa hora, ou seja, mais de 16h. Tem criança, idosos e cada pessoa com uma situação diferente e uma necessidade diferente”, desabafa.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que as forças de segurança dialogam com caminhoneiros manifestantes para que deixem os bloqueios de rodovias.

236 pontos

Os bloqueios realizados pelos caminhoneiros se concentram em 20 unidades da Federação e contam com 236 pontos fechados nas rodovias federais que cortam o país, segundo informações da PRF até as 22h dessa segunda-feira. Os manifestantes atuam contra o resultado democrático das urnas.

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A Polícia Rodoviária Federal segue monitorando todas as rodovias sob jurisdição da Superintendência do DF
Caminhoneiros fazem protestos pelas rodovias do país após a derrota de Jair Bolsonaro
Policiais da PRF agem contra manifestantes
Caminhoneiros fazem protestos pelas rodovias do país após a derrota de Jair Bolsonaro
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Caminhoneiros fazem protestos pelas rodovias do país após a derrota de Jair Bolsonaro

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A Polícia Rodoviária Federal segue monitorando todas as rodovias sob jurisdição da Superintendência do DF

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Policiais da PRF agem contra manifestantes

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Força de Choque da PRF

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A PRF atuou no protesto dos caminhoneiros após a derrota de Jair Bolsonaro

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Vídeos mostram que, embora a Polícia Rodoviária Federal tenha anunciado que está negociando com os manifestantes que fecharam estradas em bloqueios em todo o estado, o tom usado com os participantes é de leniência. Nas imagens, os policiais dizem que estão no local apenas para monitorar a situação e soam como aliados dos bolsonaristas.

Ainda nesta segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) determinou que a PRF informe, no prazo de 24 horas, as providências adotadas para liberar as rodovias federais. A solicitação foi encaminhada ao diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques.

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