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Bilheteria Digital: polícia investiga denúncia de calote milionário

De acordo com ocorrência policial, à qual o Metrópoles teve acesso, empresário brasiliense diz que foi vítima de estelionato

atualizado

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Vinicius Santa Rosa/Metrópoles
Bilheteria digital
1 de 1 Bilheteria digital - Foto: Vinicius Santa Rosa/Metrópoles

Uma das maiores empresas de venda de ingressos on-line do país, a Bilheteria Digital virou alvo de um inquérito na 15ª Delegacia de Polícia, em Itaim Bibi (SP). Paulo André Ribeiro Ferreira, 39 anos, empresário brasiliense e um dos fundadores do site, alega que foi vítima de estelionato. O prejuízo, segundo ele, chegaria a R$ 49 milhões – valor de avaliação da empresa.

O caso é investigado como estelionato consumado. De acordo com o boletim de ocorrência, registrado no dia 8/1, o problema teve início em 2017, quando o então diretor financeiro, Guilherme Cohen Feldman, teria passado a informar aos proprietários que a empresa estava com dívidas.

O montante seria de R$ 11,3 milhões. Com os números disponíveis, os sócios decidiram vender o negócio por R$ 13 milhões. Porém, até agora, não teriam recebido um centavo sequer. Toda a transação teria sido intermediada pelo diretor financeiro, que indicou o próprio pai para encontrar um comprador.

De acordo com a denúncia, logo após a venda, os sócios teriam descoberto que as informações eram falsas e que a empresa tinha saldo positivo de R$ 29,4 milhões. Relatam, ainda, que ficaram surpreendidos ao verificar que a titularidade da empresa que comprou a Bilheteria Digital seria de Guilherme Cohen Feldman.

Além da ocorrência policial, há um processo tramitando na 2ª Vara Empresarial e de Conflitos relacionados à Arbitragem de São Paulo.

Confira trecho da ocorrência:

 

 

 

“Estamos recebendo ligações de fornecedores, representantes e produtores de eventos que não estão recebendo seus pagamentos em dia. A atual gestão informa que nós abandonamos a empresa com uma dívida e eles estão tentando salvá-la. Sendo que estamos na Justiça para recuperar a empresa de volta, anular o contrato de venda e pedindo danos”, disse Paulo André Ferreira ao Metrópoles.

Agora, o empresário, juntamente com o sócio, Mayvon Luz Ferreira, tenta receber o valor da venda, R$ 13 milhões, além da quantia que estaria no caixa da empresa, R$ 29,4 milhões.

A Polícia Civil de São Paulo informou que instaurou o inquérito na última semana e que investiga o caso. Ressaltou que, neste momento, analisa a documentação apresentada pela vítima e só após esse processo começará a oitiva dos envolvidos.

Procurado pela reportagem, Guilherme Feldman disse que não vai se pronunciar porque ainda não foi citado formalmente.

De acordo com o site da empresa, a Bilheteria Digital atua desde 2009 no mercado nacional de venda de ingressos, sistema de acompanhamento de vendas e controle de acesso. Afirma ter 680 mil cadastros em todo o país, 15 milhões de bilhetes emitidos e 115 mil downloads do aplicativo.

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