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Beco do medo: falta de segurança assusta estudantes de faculdade no DF

O beco liga uma parada de ônibus a uma universidade particular da Asa Norte. Há muitas árvores e pouca iluminação no local

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Beco localizado em frente ao Centro Universitário CEUB, tem sido ponto de frequentes assaltos, estudantes e moradores locais queixam-se da criminalidade
1 de 1 Beco localizado em frente ao Centro Universitário CEUB, tem sido ponto de frequentes assaltos, estudantes e moradores locais queixam-se da criminalidade - Foto: Wey Alves/Metrópoles

Os estudantes de uma universidade particular da Asa Norte convivem com o medo ao chegar e sair da faculdade. Assaltantes aproveitam a falta de policiamento em um beco, que liga a W3 à W4 Norte, e preparam emboscadas para os alunos que passam pelo local.

O beco fica na 707/907 Norte e conecta uma parada de ônibus à universidade. Na rua, há muitas árvores e, à noite, a iluminação é precária, facilitando a ação de criminosos.

Veja:

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Assaltantes aproveitam da falta de policiamento do trecho da W3 e W4 Norte e preparam emboscadas para os alunos
Os alunos que precisam passar pelo caminho para voltarem para suas casas ou trabalho
O beco faz parte de um trecho que conecta uma parada de ônibus à universidade
A rua possui muitas árvores e pouca iluminação no período da noite
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Estudantes de uma universidade da Asa Norte relatam insegurança

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Assaltantes aproveitam da falta de policiamento do trecho da W3 e W4 Norte e preparam emboscadas para os alunos

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Os alunos que precisam passar pelo caminho para voltarem para suas casas ou trabalho

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O beco faz parte de um trecho que conecta uma parada de ônibus à universidade

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A rua possui muitas árvores e pouca iluminação no período da noite

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O estudante de direito Mateus Meireles, 18 anos, conta que já foi assaltado no beco uma vez e presenciou uma cena semelhante na tarde dessa quarta-feira (17/4). “Estava com minha namorada quando vimos um homem vindo até a gente. Na hora de passar por nós, ele esbarrou e parecia estar muito nervoso e com pressa. Atrás da gente tinha uma menina sozinha, ele também esbarrou nela e a xingou de todas as formas possíveis”, disse.

Segundo Mateus, a atitude do rapaz era suspeita e ele chegou a avisar para a namorada que o homem provavelmente teria assaltado alguém. “Comentei com minha namorada que a atitude dele era de quem tinha roubado alguém, devido eu ter passado por isso também. Ele estava com raiva e com pressa. Eu nunca mais passo por aqui sozinho, pela experiência que eu tive”, relatou o jovem.

O estudante de direito conta que recebeu, no dia seguinte, mensagens de texto em grupos da faculdade alertando os alunos para tomarem cuidado, porque outras pessoas haviam sido assaltadas no local e o suspeito portava uma arma de fogo. “O suspeito que esbarrou em nós tinha por volta de 1,65 m de altura, não era muito alto, vestia capuz e estava todo de preto. Hoje (18/4), recebi informações de grupos da faculdade avisando que algumas pessoas haviam sido roubadas por um rapaz com as mesmas características”, completou.

Daniel Elias, 24, estudante de psicologia, contou que também teve uma amiga que já foi vítima de roubo no beco. “Aqui na região, temos que tomar cuidado, uma amiga minha também já foi roubada nesse trecho e o assaltante estava com uma faca. Também já soube de coisas parecidas na parada de ônibus de cima, em frente a uma rede de fast food.”

Duas funcionárias da universidade, que preferiram não se identificar, relataram que já viram muitos usuários de droga próximo ao local e que as ações dos bandidos costumam ser no final de tarde. “Já ficamos sabendo de muitos casos envolvendo roubo, geralmente, assaltam no período das 16h até a noite. Vemos diariamente usuários de drogas na região, eles roubam para conseguir mais drogas”, disse uma das funcionárias.

O Metrópoles questionou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) sobre o número ocorrências recentes registradas na região, mas a corporação negou que tenha havido qualquer crime no local nos últimos dias. Por meio de dados coletados pela Subsecretaria de Gestão da Informação (SGI) e divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), é possível confirmar o número de crimes registrados em cada região administrativa do DF, mês a mês. Os últimos dados são de março.

Só em 2024, a Asa Norte foi palco de 226 roubos a pedestre, com emprego de violência armada (62 em janeiro, 91 em fevereiro e 73 em março). Sobre a quantidade de furtos, esse número é menor: 139 – 37 em janeiro, 64 em fevereiro e 38 em março. Foram registrados, também, 674 furtos de veículos no local. A SSP não detalha em qual quadra aconteceram os crimes.

Questionada, também, sobre a periodicidade de rondas feitas nas proximidades da universidade, a PM não informou como se dá a rotina de policiamento ostensivo na região.

 

 

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