Bebê “some” de hospital e é encontrado a 300 quilômetros de distância
Criança teria nascido com complicações de saúde. Família ficou quatro dias sem saber onde o bebê estava e só descobriu por meios próprios
atualizado
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Um bebê nascido na última quarta-feira (24/7) foi transferido de Formosa (GO) para Aparecida de Goiânia (GO), a quase 300 quilômetros de distância, sem nenhum acompanhante. A família da criança registrou boletim de ocorrência na segunda-feira (29/7) denunciando o caso.
A mãe do bebê, de 21 anos, deu à luz no Hospital Estadual de Formosa (HEF). Na ocorrência, à qual o Metrópoles teve acesso, ela conta à polícia que foi avisada na quinta-feira (25/7) de que a criança havia nascido abaixo do peso, com tamanho fora do normal e com bronquiolite.
O bebê foi levado de ambulância ao Hospital Garavelo, em Aparecida de Goiânia (GO), ainda na quinta. A família relata que a unidade de saúde não permitiu a presença de acompanhantes nem informou ao certo para onde iria o recém-nascido.
Os pais ficaram quatro dias sem ter notícias do filho, até que, na segunda (29/7), conseguiram descobrir por meios próprios que a criança estava no Hospital Garavelo.
Na ocorrência, consta ainda que a mãe do bebê sofreu desmaios e não conseguia comer e dormir após ficar longe do filho.
O que diz a SES-GO?
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO) informou que encaminhou o recém-nascido à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Garavelo “pela necessidade de preservar a vida” dele e que a criança “encontra-se bem”.
A pasta alegou, ainda, que “nunca houve proibição de qualquer familiar acompanhar a criança”. “O pai, ao saber que não poderia voltar com a mesma ambulância que o levaria, optou por não ir [à unidade de saúde]. Desde então, o HEF forneceu toda a documentação solicitada e tem ajudado a família no contato com o Hospital Garavelo, que detalhou estar fornecendo informações aos parentes [do bebê]”, acrescentou.
A SES-GO também destacou que “o Hospital Estadual de Formosa continua a acolher a família e, no que lhe é possível, a ajudar para que receba informações”.