Bebê sequestrado no Hran passa por exames e não recebe alta
Recém-nascido emagreceu 470 gramas e continua internado no hospital, assim como a mãe
atualizado
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O bebê sequestrado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi devolvido à mãe na manhã desta quarta-feira (7/6). Passou por exames laboratoriais e os médicos aguardam o resultado. Tanto o recém-nascido quanto a mãe, Sara Maria da Silva, 19 anos, ainda não receberam alta.
“Só serão liberados quando forem asseguradas todas as condições físicas e emocionais dos pais e do filho”, disse o diretor do Hran, José Adorno, em coletiva à imprensa. Ele destacou que o bebê perdeu 470 gramas desde a terça (6), quando foi levado pela sequestradora. Mas não apresenta sinais de problemas clínicos.
Conforme o Metrópoles antecipou na noite de terça, a suspeita do sequestro é Gesianna de Oliveira Alencar, 25 anos. A reportagem divulgou, inicialmente, apenas as iniciais da acusada, para preservar a integridade física do recém-nascido, de apenas 13 dias.
A mulher foi presa em casa, na QE 38 do Guará II, na manhã desta quarta. Estava com o bebê no colo quando foi achada pela polícia. A estudante de enfermagem Gesianna Alencar morava em um quarto de uma casa de três andares, cuja dona é a avó.
À família, disse que estava grávida. Quando completou nove meses, segundo uma tia da mulher, que esteve na Delegacia de Repressão a Sequestro na manhã desta quarta, os parentes fizeram até um chá de bebê para a criança que pensavam que ia nascer.
Nesta terça, a mulher saiu de casa e disse que estava passando mal. Seguiu para uma unidade de saúde. Depois, a tia contou que a sobrinha mandou uma foto do suposto filho, que foi compartilhada no grupo da família. A mulher disse que jamais poderia imaginar tratar-se do recém-nascido levado do segundo andar do Hran, horas antes.Um vizinho, que assim como a tia de Gesianna não quis se identificar, disse ao Metrópoles que viu a estudante de enfermagem na rua esta semana, mas não percebeu barriga de gravidez. Ele garante que sequer sabia da gestação.
Depois que a mulher foi presa, algumas parentes foram à casa no Guará, mas pediram para respeitarem a privacidade da família. Gesianna está na DRS, no Setor de Garagens Norte, onde presta depoimento. Ela chegou por volta das 11h com o rosto coberto pelos policiais.
Depois do episódio, a direção do Hran pensa em mudar os protocolos de segurança. “Já hoje (quarta) reforçamos a equipe e, após o término da investigação, estabeleceremos outras medidas”, disse José Adorno. As 28 câmeras de segurança da unidade estão sem gravar imagens.