Fofura: bebê fruto de “milagre” começa a dizer as primeiras palavras
Ragnar passou por uma cirurgia inédita ainda dentro do útero da mãe e é considerado um pequeno milagre
atualizado
Compartilhar notícia
O bebê submetido à cirurgia inédita completou 1 ano e meio e começa a dizer as primeiras palavras. Considerado fruto de milagre ao ter passado por procedimento cirúrgico ainda no útero da mãe, o pequeno Ragnar hoje impressiona os pais ao dizer coisas como “hidratante” pela primeira vez. Não só a palavra com quatro sílabas chama a atenção. Com apenas 18 meses de vida, ele já fala 130 palavras. De acordo com o Instituto NeuroSaber, nessa fase o comum é uma média de 10 a 50 palavras no vocabulário.
Veja vídeo:
“Sempre achei a comunicação um recurso valioso em todos os aspectos. Por isso, decidi investir tempo e energia pra que ele desenvolvesse desde cedo a habilidade de se comunicar bem”, contou a jornalista Polyana Resende Brant. “Segui todas as dicas que li e ouvi aqui e acolá: ler muito para ele e com ele; descrever todas as ações e ambientes; ter muitos diálogos, fazendo perguntas e esperando pacientemente pela resposta no tempo dele”
A mãe anota cada palavra que o Ragnar já disse. “A gente descreve muito as coisas para ele, então, eu dizia ‘mamãe vai passar hidratante’ e ele repetiu”, contou a jornalista Polyana Resende Brant. Ela ainda acrescentou que lê muito para o filho. “Ele tem uma historinha de fazendinha que sempre fica pedindo”. O orgulho no desenvolvimento do pequeno não é mera corujice.
No sexto mês de gestação, ele foi diagnosticado com quadro grave de hidropsia — condição que desencadeia derrames pleurais, abdominais, subcutâneos, intracranianos e testiculares — e sequestro pulmonar, em que um tumor na caixa torácica estava sendo irrigado por uma aorta e chegou a pressionar o esôfago. Toda essa situação pode levar a óbito fetal, caso não haja intervenção cirúrgica de caráter urgente – considerado de alto risco.
Por duas vezes, Ragnar passou por procedimentos cirúrgicos complexos antes mesmo de nascer. Na primeira, Polyana estava no sétimo mês de gestação e a cirurgia apenas queimou o vaso que estava nutrindo o tumor, que teve uma leve redução. Após uma semana, no entanto, o tumor voltou a crescer. “Ali, o prognóstico era o óbito fetal”. Foi quando os pais Tiago Resende Brant e Polyana, junto com a equipe médica, decidiram fazer a cirurgia inédita para queimar o tumor inteiro.
“Meu filho hoje é extremamente forte, sorridente, bem de saúde. A gente faz trilha com ele, já fomos quatro vezes para a Chapada dos Veadeiros com ele”, detalha Polyana. Mesmo com a situação saudável, Ragnar ainda tem um resquício do tumor. Ele deve passar por uma nova cirurgia até o fim do ano para remover tudo.