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Bebê e filho de deputado: DF tem histórico de acidentes com fogos

Ao longo dos anos, na capital da República, inúmeros acidentes graves com fogos de artifício foram registrados

atualizado

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Imagem colorida de uma criança com a perna ferida - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de uma criança com a perna ferida - Metrópoles - Foto: Reprodução

Itens frequentemente presentes em celebrações, como Réveillon e títulos de times de futebol, os fogos de artifício se tornam bombas perigosas quando usados sem conhecimento ou em desacordo com a legislação. No Distrito Federal e no Entorno, ao longo dos anos, inúmeros casos de acidentes graves com esse tipo de artefato foram registrados.

Na terça-feira (31/12), por exemplo, véspera de Ano-Novo, um foguete explodiu e feriu cinco pessoas na Rua do Lazer, em Pirenópolis, a 150 km da capital da República. O momento foi registrado em vídeo.

Veja:

 

Nas imagens, um homem pode ser visto apontando o artefato para o alto. De repente, o objeto começa a pegar fogo e a soltar faíscas em direção a quem estava no local. O homem, então, aponta o foguete para o chão, momento em que ocorre a explosão.

Pai e bebê feridos

A situação, infelizmente, é comum, principalmente durante o Réveillon. Em 2021, por exemplo, Joel Luiz da Silva Ferreira, de 23 anos, e a filha dele, de apenas 2, ficaram feridos após serem atingidos por fogos de artifício durante uma comemoração de Ano-Novo na QNO 20 da Expansão do Setor O, em Ceilândia.

De acordo com Joel, estilhaços caíram sobre ele e a bebê enquanto a família passava pela rua em que ocorria uma grande festa de Réveillon, por volta de 2h. O pai chegou a abraçar a filha na tentativa de protegê-la, mas a criança acabou sendo ferida também.

Conforme informado à época, a pequena teve a perna queimada. Joel, por sua vez, foi transferido para o Hospital de Base, onde precisou fazer uma cirurgia no rosto.

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Bebê ficou ferida na perna

Arquivo pessoal
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Arquivo pessoal
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Reprodução/Facebook

Perda de dedos

Em 2016, Juarez Carlos Lima Oliveira Junior, filho do ex-deputado Juarezão (PSB), teve uma lesão grave na mão esquerda durante a celebração da formatura da namorada, na chácara da família, em Brazlândia.

Segundo relatou o rapaz na data, o acidente causou traumas não só físicos como psicológicos. Juarez Junior perdeu parte do polegar e do indicador, teve o dedo médio reconstituído e passou por duas cirurgias. O artefato, conforme informado por ele, explodiu de repente.

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O analista de TI Juarez Junior diz que acidente causou marcas físicas e psicológicas
 Juarez Junior passou por cirurgias e faz fisioterapia: "marcado para sempre"
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Após o acidente, Juarez Junior precisa fazer tratamentos para recuperar o movimento da mão esquerda

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O analista de TI Juarez Junior diz que acidente causou marcas físicas e psicológicas

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Juarez Junior passou por cirurgias e faz fisioterapia: "marcado para sempre"

Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Irresponsabilidade

Em 2022, um homem levou um grande susto ao ter a janela da sala da casa onde morava, no condomínio Estação 16, em Águas Claras, estilhaçada por um rojão soltado pelo vizinho, identificado como Marcos César dos Santos. Segundo relatos da vizinhança, Santos disparava fogos de artifícios perto de prédios residenciais com frequência.

Ao Metrópoles o homem que teve a janela atingida contou que a família se assustou quando o vidro foi quebrado.

“A sorte é que meu filho não estava neste momento na sala, mas é um horário em que ele costuma ficar lá. Então, imagine se o vidro pega nele. Na hora, ele estava na cozinha, mas ouviu e se assustou bastante, começou a chorar. Agora, quando ele escuta fogos, sempre se assusta. Fora as outras crianças, autistas e animais que também sofrem com o barulho”, afirmou.

Em 2919, uma queima de fogos terminou em explosão e assustou o público do Funn Festival, no Parque da Cidade. O show pirotécnico foi filmado por um frequentador do evento. O vídeo registra o momento em que a base onde estavam os rojões ainda não acionados estoura.

A gravação mostra quando a região ao redor dos fogos é tomada por um princípio de tumulto no momento em que os produtos explodem. Nas imagens, é possível ver faíscas saltando em direção ao público.

Apesar do susto, ninguém se feriu com gravidade e todos os atingidos por fagulhas ou aqueles que se machucaram durante a confusão foram atendidos no posto médico do evento.

Em nota, a assessoria do festival informou que houve falha na queima de alguns artefatos que estavam no chão.

Fuga de animais

Em 2023, uma família moradora do Lago Oeste procurou desesperadamente pela cadelinha Nina, pertencente a eles. A vira-lata de grande porte fugiu de casa, na passagem do dia 31 para o dia 1º, após se assustar com o barulho dos fogos.

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Vira-lata foi adotada pela família há 4 anos
Nina
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Nina é companhia de Edemilvio Barbosa, 75 anos

Arquivo pessoal
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Vira-lata foi adotada pela família há 4 anos

Arquivo pessoal
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Nina

Arquivo pessoal

Em 2021, atormentado pelo barulho dos fogos, Paçoca, um shih-tzu de 7 anos, passou mal na casa onde mora, na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras.

“Ele ficou imóvel, como se estivesse desmaiado. Depois, passou a tremer, com se estive tendo convulsões”, contou, na data, a tutora Nayara de Lira Lacerda, 39, auxiliar de limpeza.

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A cachorrinha Flor também sofreu com a queima de fogos sonoros
O DF tem uma lei em vigor proibindo a comercialização de fogos com estampido, mas não há fiscalização
Vanda se isola das festas junto com os bichos para protegê-los
Leia ficou com tanto medo que não aceita carinho da tutora
Kika treme de medo com o barulho dos fogos
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Paçoca viveu momentos de pânico com queima de fogos de artifício com estampido

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A cachorrinha Flor também sofreu com a queima de fogos sonoros

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O DF tem uma lei em vigor proibindo a comercialização de fogos com estampido, mas não há fiscalização

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Vanda se isola das festas junto com os bichos para protegê-los

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Leia ficou com tanto medo que não aceita carinho da tutora

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Kika treme de medo com o barulho dos fogos

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O estresse pode matar os animais

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Com medo, os bichos podem sofrer acidentes e fugir de casa

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Proibição no DF

No Distrito Federal, a utilização de qualquer artefato pirotécnico ou fogos de artifício que produzam estampidos é vedada pela Lei nº 6.647/20. A proibição, que não engloba “shows de luzes” com “estampidos de baixa intensidade”, visa à proteção de animais e de pessoas mais sensíveis às explosões.

O descumprimento da determinação, que inclui “recintos fechados e abertos, áreas públicas e locais privados”, resulta em multa de R$ 2,5 mil, valor que pode dobrar em caso de reincidência.

O projeto, apresentado em 2019, havia sido vetado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). A Câmara Legislativa derrubou o veto no início de agosto.

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