Batida: dona de BMW se nega a consertar Fiat Uno e caso vai à Justiça
Batida envolvendo uma BMW, avaliada em R$ 500 mil, foi parar na Justiça após pedida de R$ 15 mil para conserto de Uno ser rejeitada
atualizado
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O caso protagonizado por uma jovem de 20 anos, presa pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após bater a sua BMW X4 – que chega a custar R$ 500 mil – em um Fiat Uno estacionado no Sudoeste em 7 de maio último parece estar longe do fim, e, agora, caminha na esfera judicial. Isso porque, segundo o dono do veículo atingido, a autora teria se negado a pagar o conserto do seu automóvel.
“A menina deixou bem claro para mim que não vai pagar o carro. Primeiro, ela veio aqui, eu pedi R$ 15 mil e falou que iria me pagar. Depois de uma semana, ligou um cara mandado por ela falando que era para procurar a Justiça, pois não iria pagar”, disse Jair Gasparin, proprietário do Uno.
Desde então, Jair alega sofrer prejuízo diário devido à impossibilidade de usar o veículo. “Eu fazia R$ 500 por dia com entrega de marmita no carro”, aponta. “É uma sacanagem. Bateram no meu carro e não querem pagar.”
De acordo com a Polícia Militar, a motorista fez o teste do bafômetro, que constatou a embriaguez (0,4 miligramas de álcool por litro de ar expelido). Os policiais encontraram uma garrafa de gin no banco traseiro do veículo. Segundo os militares, a motorista apresentava fala desconexa, olhos vermelhos e estava bastante agressiva. A namorada dela, de 19 anos, tinha os mesmos sinais.
De acordo com o primeiro-sargento Diogo Trindade, as duas xingaram e agrediram os PMs. “Além dos xingamentos, a motorista alegou que o pai tinha dinheiro para comprar Brasília inteira”, contou, à época.
“Eu não consigo entender que se ela falou que o pai dela comprava Brasília, que era milionário, por que não pagou até agora? É um Uno velho”, cobra Jair.
Momento do acidente
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Mariana Rosa Santos de Souza bate a BMW X4 que dirigia no Fiat Uno. Nas imagens é possível ver o veículo trafegando em alta velocidade e colidindo com o Uno, que estava estacionado.
A BMW está em nome do pai da garota, um empresário do DF.
Veja o vídeo:
Outro lado
A jovem relatou em um vídeo postado nas redes sociais que não estava embriagada durante o ocorrido. Mariana afirma, no vídeo, que não estava bêbada, e que a história não foi contada por inteiro. “Tem muita coisa mal contada em relação a isso. Eu bati o carro mesmo, e realmente aconteceu isso tudo. O bafômetro deu 0,4 mg, mas eu não estava alcoolizada.”
A jovem alega que o outro veículo estava estacionado de um jeito que a atrapalhou na hora da curva. “O outro carro estava estacionado um pouco na traseira, e eu fiz a curva de 80km/h. Eu sabia que dava para fazer essa curva, mas querendo ou não tinha um carro estacionado da maneira errada no caminho”, afirma.
A motorista estava com a namorada durante o acidente, e alegou que sofreu preconceito por parte dos policiais.
Além disso, Mariana diz no vídeo que a partir do momento que os policiais a desrespeitaram, ela os desrespeitou também. “O policial não podia nem encostar em mim, e me agrediu. Eu fiquei toda machucada, fui presa, fizeram isso com a minha namorada também, não tiveram respeito nenhum. Então eu tratei eles da mesma forma”, relata.