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Barão dos postos no DF preso nesta terça (24/11) pagou US$ 2 milhões para casar o filho em castelo nos EUA

Festa de casamento do filho de Antônio José Matias teve direito a paredes de orquídeas e bar feito de gelo, com shows de DJ português e do Jota Quest

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que revelou o esquema de cartel no DF e no Entorno colocou em evidência os maiores empresários do ramo de combustíveis da capital do país. Um deles, Antônio José Matias de Sousa, está entre os mais poderosos dos sete presos. Sócio da Rede Cascol, aparece ainda como procurador de construtoras, de incorporadoras e de um motel. No nome dele, também consta um escritório de contabilidade em Sobradinho.

Preso na manhã desta terça-feira (24/11), Matias mora em uma luxuosa casa na QL 10 do Lago Sul. Apesar de controlar 30% da rede de combustíveis do DF, com 92 postos, ao lado de três sócios, o empresário possui como bens móveis apenas dois reboques — um de 1995 e o outro de 1998. Isso, porém, não condiz com a vida luxuosa que o investigado pela PF e pelo MP leva.  

Em 2012, Antônio Matias casou o filho Phellippe Mathias e a nora Yara Wassita Cavalcante em Nova York. A cerimônia, no castelo Oheka Castle, em Huntington, a 45 minutos de Manhattan, atraiu 400 convidados e teve apresentação do DJ português Pete Tha Zouk e show da banda Jota Quest, entre outros. Paredes de orquídeas e um bar feito de gelo fizeram parte da decoração.

Entre os presentes, a maioria de Brasília, estava o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF). O político é casado com Karina Rosso, tia da noiva. Uma reportagem da Folha de S. Paulo, publicada em outubro de 2013 revelou que a festa, de acordo com os organizadores, custou cerca de US$ 2 milhões.

Histórico
Paraibano de Coremas, o empresário Antônio Matias tem 76 anos e começou a trabalhar em Brasília como funcionário de uma construtora, ainda na concepção da capital do país. Em 1958, deixou o emprego para se juntar ao fundador da Rede Cascol, Elson Cascão, no primeiro posto do grupo, na antiga Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante.    

Um ano depois, os dois tornaram-se sócios. Cascão e Matias ficaram sozinhos na sociedade por seis anos, até que os empresário Luiz Imbroisi e Laudenor Limeira se juntaram ao grupo. À época, os postos carregavam o nome do fundador: Cascão. Atualmente, o grupo é responsável por comandar 92 estabelecimentos do gênero só no Distrito Federal.

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