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Bando roubava carros em Águas Claras para trocar por drogas no Entorno

Quadrilha foi alvo de operação da Polícia Civil do DF. Suspeitos atacavam mulheres e chegaram a levar veículo de transportadora

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1 de 1 Quadrilha-roubada-carros - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Uma quadrilha especializada em roubo de veículos foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã desta terça-feira (09/07/2019). Segundo a Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), o bando fez pelo menos sete vítimas na região de Águas Claras, Vicente Pires, Guará e Arniqueiras. Dessas, seis são mulheres. Todos os carros foram recuperados.

Durante a operação, os policiais apreenderam pelo menos R$ 1,8 mil; dois revólveres calibre. 38; e uma arma de airsoft. Os acusados agiam com violência. Uma vítima chegou a ser agredida com socos e chutes por cerca de 30 minutos.

Com os suspeitos, foram encontradas drogas como maconha, crack, cocaína e pasta-base. De acordo com os investigadores, os veículos roubados eram trocados por entorpecentes no Entorno. A Justiça expediu nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. Sete pessoas foram presas nesta terça-feira (09/07/2019). Duas estão foragidas.

O caso começou a ser investigado em fevereiro de 2019 após o roubo de uma caminhonete em Águas Claras. Os policiais descobriram que um grupo criminoso, sediado no Areal, estava se especializando no crime. Após escolher a vítima, eles faziam o acompanhamento do carro, às vezes por dias, com o objetivo de levantar informações a respeito da rotina da motorista.

“Verificavam horários, locais de trabalho, residência e da escola dos filhos. Quando tinham um número confortável de informações, escolhiam o lugar mais apropriado para a prática do roubo”, contou o delegado Bruno Ehndo, da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRRF/Corpatri).

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A Corpatri confirmou que, após o crime, os autores escondiam os veículos em quadras comerciais do Setor Bernardo Sayão, no Núcleo Bandeirante. Os automóveis ficavam “esfriando” na região por até 24 horas.

Para resgatar os veículos roubados, eles solicitavam serviços de guinchos que levavam os carros para Valparaíso (GO) e Novo Gama (GO).

Câmeras de segurança flagraram algumas investidas dos criminosos. Confira:


As investigações mostraram que a quadrilha contou com ajuda de um funcionário de uma transportadora para roubar os veículos da empresa, sediada no Distrito Federal. Os crimes ocorreram durante a entrega de produtos no Guará.

Os autores subtraíram a carga dos automóveis, avaliada em aproximadamente em R$ 100 mil. Entre as mercadorias, estavam notebooks, telefones, livros, tênis e celulares. Parte dos produtos foi recuperada pela PCDF.

Outros crimes

De acordo com o delegado, após trocar os carros por entorpecentes, os criminosos faziam o comércio das drogas no Areal. “Para eles, era a forma mais fácil de conseguir recursos, pois já viviam como traficantes. Às vezes, dobravam o dinheiro do veículo com a venda”, explicou Bruno Ehndo.

Nas últimas semanas, o grupo cometeu outros crimes, como o roubo a uma farmácia no Guará. Na ocasião, foram levados pertences dos funcionários. “Eles vinham praticando delitos semanalmente. Buscavam aumentar os recursos para sobreviver do crime.”

Nesta segunda-feira (09/07/2019), dois integrantes do bando levaram um malote com R$ 10 mil, que estava sendo transportado por um motociclista, no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). O momento foi flagrado por câmeras de segurança.

 

Veja o nome dos sete criminosos presos. Outros dois estão foragidos.

• Rosemberg Lacerda da Cruz: um dos líderes. Tem passagens por porte de arma de fogo, receptação e roubo;

• Ronan Novaes Santana: também é um dos líderes. Possui várias passagens por roubo e receptação;

• Paulo Sérgio Sodré: passagem por tráfico de drogas;

• Evaldo Sérgio Alves de Jesus: tem várias passagens por roubo, receptação e porte de arma de fogo;

• Lucas Ewerton Pessoa de Souza: passagens por tráfico de droga e roubo;

• Marcos Antônio Régis: passagens por furto, receptação, tráfico e homicídio;

João Batista da Silva Pereira

Os investigados responderão por associação criminosa armada (pena de 1,5 a 4,5 anos de reclusão) e roubo majorado (de 6 a 16 anos de reclusão).

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